Diretora internacional da Netflix não esperava que Lupin fosse sucesso no Brasil por um motivo

Com o sucesso de Round 6 mundo afora, mais programas fora dos Estados Unidos passarão a ser dublados e legendados. Uma das diretoras da Netflix revelou recentemente que ficou surpresa com a popularidade de outra série internacional no Brasil: Lupin.

Segundo Catherine Retat, diretora de dublagem e legendagem da plataforma, desde o início o programa protagonizado por Omar Sy era um dos favoritos internamente a receber maior atenção em todos os idiomas.

“A equipe não esperava que o Brasil pudesse amar tanto essa série”, disparou ela durante o Series Mania, baseada num único motivo: as especificidades do idioma português, que é muito diferente do francês, idioma original da atração.

“Tivemos que considerar muita coisa na hora do trabalho para garantir que Lupin atenderia à demanda [do Brasil]”, completou ela, dando a entender que teve um árduo processo para entender expressões que se casariam com as do país.

De acordo com Catherine, a equipe que decide quais idiomas cada programa vai receber está neste momento debruçada sobre uma série alemã, que ela não quis citar o nome. A ideia é que todos assistam a um primeiro corte, tenham em mente como aquilo será identificado em cada país, para depois o conteúdo ganhar dublagem em X ou Y idioma.

Assane Diop (Omar Sy) em Lupin (Reprodução / Netflix)
Assane Diop (Omar Sy) em Lupin (Reprodução / Netflix)

Diferenças culturais também são mudadas na legenda ou dublagem

Ela também citou que foi recentemente a Ásia conhecer as equipes da Netflix por lá, e relatou que a série Hometown Cha-Cha-Cha, que integrará a plataforma também está consumindo um tempo considerável.

“Para dublar isso em francês, estamos trabalhando agora com dois adaptadores e um consultor, porque quando passamos do coreano para outros idiomas, precisamos de mais um passo para traduzir para um script em inglês anotado para dar todo o contexto cultural necessário e especificidade, e então esse roteiro pode ser traduzido para outros idiomas”.

Uma cena no primeiro episódio do programa, por exemplo, mostra o jovem ator principal carregando sua avó nas costas, mas na cultura coreana, você não pode se dirigir aos mais velhos de maneira direta. “Assim, há uma discussão entre os dois adaptadores e o consultor para escolher a forma adequada [e perguntar] como traduzimos o roteiro para manter a essência do idioma coreano”, disse Retat.

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