Segundo Iris K. Shim, a atriz Sandra Oh se interessou imediatamente em fazer parte de Umma assim que sobre do que se tratava a história.
A diretora do filme de terror conversou com o Entertainment Weekly e contou um pouco mais sobre a produção do projeto, que estreou nos cinemas na semana passada.
Umma conta a história de Amanda (Sandra) e sua filha, interpretada por Fivel Stewart. Amanda é uma imigrante coreana que mora nos Estados Unidos, e tem sua vida virada de cabeça para baixo quando as cinzas com os restos mortais de sua distante mãe chegam para ela.
Iris revelou que ficou surpresa em ter Sandra interessada em participar da produção. Segundo ela, o que fez com que a atriz de Grey’s Anatomy querer protagonizar o filme, mais do que os elementos de horror, era a questão da personagem ser coreana-americana assim como ela, e o relacionamento entre ela e sua filha:
“Eu nunca a vi em um filme assim antes. Mas ela estava bem interessada no foco da história, não somente a identidade coreana-americana, mas a exploração de um relacionamento entre mãe e filha. Assim que ela entendeu aquele elemento da história, ela estava empolgada com o filme.”
Sam Raimi, ícone do gênero, está produzindo o filme, que é a estreia de Iris como diretora. Ela contou que o cineasta participou ativamente do desenvolvimento do filme, e que ele deu muitas ideias que acabaram nas telas:
“A parceira de produção dele, a Zainab Azizi, recebeu o roteiro primeiro. Ela se conectou com o roteiro em um nível pessoal, e ela trouxe aquilo para o Sam. Ele estava bem envolvido no processo de desenvolvimento, e obviamente ele é um ícone gigante do terror, então ele deu um monte de ótimas ideias e sugestões sobre os elementos de horror do filme.”
Confira o trailer do filme aqui:
Diretora não achava que tinha “permissão” de trabalhar no cinema
Iris também contou um pouco mais sobre sua criação, que foi dentro de um lar bem tradicional no qual não tinha estímulo para seguir seu lado criativo.
De acordo com a diretora, a falta de representatividade de pessoas asiáticas em Hollywood a deixou ressabiada de entrar na indústria, apesar de sempre ter sido algo que ela desejava:
“Meus pais eram pais imigrantes bem tradicionais, as artes em geral não eram algo que eles nos estimulavam a fazer, eles só esperavam que os filhos deles tivessem uma vida estável e uma carreira estável. Um monte dos meus amigos, eles não tinham nem interesse em filmes, então eu não tinha um grupo de verdade de amigos que corriam por aí fazendo filmes em câmeras 8 milímetros. Os únicos rostos que eu via na tela que se pareciam com o meu eram filmes vindos da Ásia, então foi um tanto difícil me ver tendo permissão de fazer isso. Mas sempre foi algo pelo qual eu me senti bem atraída.”
Umma está em cartaz em cinemas por todo o Brasil.
O que você achou? Siga @siteepipoca no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui.
Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
