Para todos que criticavam a franquia Resident Evil por não ter absolutamente nada a ver com os videogames que originaram os filmes, boas notícias!
A equipe que está a cargo de Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City promete que se inspirará bem mais nos jogos e que o projeto será completamente diferente dos de Paul W. S. Anderson.
Johannes Roberts, que dirigiu e coescreveu o roteiro da nova versão, contou para o site ComicBook que a abordagem da nova equipe com a propriedade intelectual vai na contramão de seus antecessores.
Enquanto a franquia anterior tomou liberdades criativas com a história, ele afirma que os tempos exigem que a adaptação seja vista com outros olhos:
“O negócio é que os tempos mudaram, eu acho. Quando o primeiro filme começou a ser produzido, adaptar um jogo de videogame era muito mais visto como: ‘ah, as pessoas já reconhecem o nome, então adquira a propriedade intelectual, use o nome… E a partir dali faça o que você quiser’. Só pegue o nome e faça qualquer coisa, adicione algum valor para aquilo. Mas no decorrer dos últimos 20 anos, isso tudo mudou demais.”
Johannes admite que a indústria dos games evoluiu e que os jogos hoje em dia são roteirizados e dirigidos como filmes, e que não levar em consideração o material original seria a escolha errada a seguir:
“Existe agora aquele real respeito pelo jogo. Eu acho que os jogos hoje em dia se desenvolveram e se tornaram muito sofisticados, também. Então era essa ideia que se tornou meio que instrumental na maneira em que nós sugerimos o filme e não maneira em que nós seguimos adiante, tipo: ‘Olha, vamos levar isso aqui a sério’.”
Novos filmes farão coisas nunca antes vistas nas outras adaptações
Roberts compara as histórias dos jogos de Resident Evil a um livro, e que uma adaptação dos jogos deveria ser tratada tal qual suas contrapartes em papel são. Ele compartilha sua empolgação com estar levando o nome da franquia para uma nova direção, que nunca foi vista antes nas telas do cinema:
“Isso aqui é como um livro. Se você está adaptando a história de um livro, você leva o material original muito, muito a sério. Então era o mesmo com a gente quando nós voltamos pro jogo e era tipo, olha, vamos voltar, vamos compartilhar o que nos deixava empolgados quando nós éramos crianças, quando eu jogava isso como um estudante. Vamos fazer um terror super assustador. Ser o cara do terror chegando e tipo, vamos realmente fazer algo que seja aterrorizante, sombrio, assustador, combina com o tom. Era tudo muito empolgante que ainda não havia sido feito antes de maneira nenhuma com a franquia anterior. Foi bem divertido.”
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
