Diretor de Tempo esclarece motivo de escolha de locação para o filme

É comum no mundo cinema que alguns diretores escolham algumas cidades específicas para situarem suas tramas e seus projetos. Com isso, o público enxerga uma certa identidade nos seus respectivos trabalhos. No caso de M. Night Shyamalan, sua cidade preferida costuma ser a Filadélfia, entretanto, para sua nova produção, Tempo, ele resolveu diversificar um pouco as coisas.

O filme é uma adaptação da história em quadrinhos de Frederik Peters e Pierre Oscar Lévy, intitulada Sandcastle, que levou o diretor a substituir as paisagens da Filadélfia por uma praia aberta na República Dominicana, onde a produção foi gravada.

Em recente entrevista, o diretor explicou por que optou por fazer essa mudança de paradigma e realizar as filmagens em um local tão diferente, porém tão adequado.

“Esta foi uma oportunidade para eu fazer o tipo de cinema que não tenho muitas oportunidades de fazer. Normalmente estou dentro de salas de estar, quartos e corredores; isso foi nesta bela praia, e eu poderia fazer diferentes tipos de claustrofobia e usar diferentes ferramentas. Foi uma oportunidade de ter um idioma um pouco diferente ao que estou acostumado, e fiquei animado com essa oportunidade.”, explicou ele.

Cena de Tempo (Divulgação)
Cena de Tempo (Divulgação)

Sem detalhar muito sobre o enredo do filme, ele deixa claro que conseguiu imprimir a sensação de claustrofobia em filme cuja história se passa na praia, em algo que parece ser um verdadeiro paradoxo, mas, nem tanto assim.

Acontece que, na trama, há duas coisas que ficam muito claras: enquanto os personagens estão tentando decifrar o que está acontecendo à sua volta, eles sabem que não poderão se afastar muito da praia e percebem que estão envelhecendo à medida em que o tempo passa.

Esse cenário foi, então, escolhido por aumentar a tensão entre os protagonistas, como se eles estivessem em um episódio de Servant, série da Apple TV que tem o diretor como produtor executivo.

Assim, o filme avança à velocidade de um trem deslizando sobre trilhos, conforme descreve o diretor, que explica que sua maior motivação era prender o público da mesma forma que prendeu seus personagens.

“Precisava ser implacavelmente rápido.”, diz ele. “Que essas coisas que estavam acontecendo com eles, uma após a outra, você deveria sentir o que os personagens estão sentindo. Não conseguir recuperar o fôlego para se recuperar e internalizar o que acabou de acontecer, porque a próxima coisa está acontecendo, se o tempo passou tão rápido para você.”, finalizou.

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