Diretor de Mare of Easttown quer 2ª temporada, mas garante: “É difícil”

Mare of Easttown é um reflexo dos filmes de Brad Ingelsby, focados na classe trabalhadora. Em uma nova entrevista para o IndieWire, o diretor e produtor falou sobre seu primeiro trabalho para a televisão e se teremos uma segunda temporada do drama.

“Estamos todos interessados ​​em tentar. Mas sabemos como é difícil. A questão é: nós causamos tanto trauma a ela [Mare], para onde poderíamos ir se retirássemos o trauma do kit que a compõe? O que poderíamos dar a ela pessoalmente para combinar com o arco que tínhamos? Nunca conseguiríamos igualar a morte de uma criança, a perda de um melhor amigo. Isso é coisa pesada. A questão é: ‘O que é um segundo capítulo que merece?’”, afirmou o diretor.

O diretor também revelou quais personagens seriam essenciais para a segunda temporada. Ele garante que, ainda que a produção encontre dificuldades para encontrar o tom certo, o próximo capítulo de Mare of Easttown pode ser interessante.

“A continuação da história de Mare pode ser tão emocionante, surpreendente e completa. Claro, qualquer versão teria que incluir Helen (Jean Smart) e Siobhan (Angourie Rice). O público está interessado em Julianne [Nicholson] e Lori. E o público voltava querendo se envolver em outro mistério de algum tipo. ”

A série protagonizada por Kate Winslet fez de Ingelsby um showrunner, que conseguiu desbancar produções como O Gambito da Rainha. Sua colaboração com Gavin O’Connor fez Mare acumular diversas indicações ao Emmy, incluindo na categoria de melhor direção e roteirista.

Porém seu trabalho no cinema já impressionava muitos atores como o astro muito requisitado Christian Bale, que fez questão de ser parte do elenco de Tudo Por Justiça (2013). No longa, Bale é mais um dos personagens clássicos da classe trabalhadora, tão bem retratado por Igelsby, um soldador preso em uma implacável cidade siderúrgica.

Christian Bale em Tudo Por Justiça (Reprodução)

Já Ben Affleck retratou o treinador de basquete enlutador, autodestrutivo e alcoólatra em O Caminho de Volta (2020), também dirigido por Gavin O’Connor.

Mare of Easttown se encaixa bem neste universo do cineasta, sendo ambientado na região onde ele cresceu. Segundo Igelsby, este ambiente seria difícil de ser reproduzido nos cinemas.

“É uma questão de comunidade: como [você faz] isso em duas horas? Nos filmes que fiz, o protagonista tem um objetivo, [e] você está rastreando aquele personagem herói ao longo de uma história. Você não tem muito tempo. Você não pode investigar e examinar os outros personagens contando uma história de assassinato. Esta foi mais uma história de comunidade e trauma e como isso afeta todas as famílias. Mare são os olhos e ouvidos. ”

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