O diretor de Cavaleiro da Lua criticou a DC por ter deixado passar uma chance de representar o povo do Egito em seu filme Adão Negro.
Mohammed Diab, que é egípcio, foi responsável por dirigir os primeiros quatro episódios da nova minissérie da Marvel. Ele desabafou em entrevista do Filfan traduzida pelo The Direct sobre o subterfúgio usado pelos estúdios para tornar a escalação do elenco mais fácil.
Assim como a série que será estrelada por Oscar Isaac, Adão Negro também tem a mitologia do país entranhada em seu enredo. O protagonista Dwayne Johnson será um cidadão do Antigo Egito chamado Teth-Adam, que é um grande inimigo de Shazam.
Segundo o diretor, a DC optou por criar um país imaginário para facilitar seu trabalho e não ficar restrito a contratar apenas atores egípcios. Para ele, a “solução” estaria desperdiçando a chance de representar um povo que não aparece com frequência na mídia mainstream:
“Eu fiquei bem irritado com a DC quando eles resolveram fazer Adão Negro se passar em um país fictício do Oriente Médio como desculpa para escalar atores não-egípcios, quando o filme era obviamente feito para ser no Egito. Oportunidades de representação não deveriam ser desperdiçadas assim. Mas não é um erro completo, já que é baseado em uma versão dos quadrinhos que não menciona o Egito por nome.”
Mohammed também discutiu como ele valoriza este tipo de representação para seu país, e fez questão de incluir ele o máximo que pôde em sua produção:
“Eu queria mostrar o talento egípcio o máximo que eu pudesse. Todas as culturas devem ser representadas por seu povo, então eu contratei atores, um editor, um designer de figurino, um diretor de arte e um compositor que são todos egípcios.”
Ator confirma que saúde mental do protagonista será tratada de forma séria
Cavaleiro da Lua está tentando se manter o mais fora de polêmicas e críticas o quanto pode. Além de usar atores da cultura que estará representando nas telas, eles também irão retratar problemas de saúde mental da maneira mais real possível.
Oscar Isaac revelou durante entrevista para o USA Today que o programa vai mostrar o transtorno dissociativo de personalidade do protagonista da maneira mais correta e mais apropriada às pessoas que sofrem com a condição no mundo real:
“Isso vai ser um estudo de personagem real e legítimo. Nosso trabalho era colocar uma lente de aumento nas coisas que tinham o conteúdo mais dramático e no fim das contas levar o aspecto de saúde mental bem a sério.”
Cavaleiro da Lua estreia no Disney+ no dia 30 de março.
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
