Crítica | Till – A Busca por Justiça: Um verdadeiro condutor de sentimentos e indignação

Cinebiografia explora a luta de uma mãe que demanda justiça pela morte do seu filho

Inspirado numa história real que, literalmente, nos dá arrepios, Till – A Busca por Justiça conta Emmett, um jovem afro-americano de 14 anos que foi brutalmente assassinado em 1955 no Mississippi.

A razão por trás do crime brutal? O adolescente supostamente teria flertado com uma mulher branca, num dos estados mais racistas do país, onde situações muito menos “ousadas” já haviam tirado a vida de negros da região.

Jalyn Hall como Emmett Till em Till: A Busca por Justiça
Jalyn Hall como Emmett Till em Till: A Busca por Justiça (Divulgação /Universal Pictures)

A partir desse ponto, o filme acompanha a luta de sua mãe, Mamie Till-Mobley, na busca por justiça e pela condenação dos homens que cometeram esse crime horrível.

Indignação! Um sentimento predominante.

Como a sinopse do filme não esconde, Till – A Busca por Justiça desperta um sentimento (muito mais que justificável) de indignação em sua audiência. Sentimento que aguçado pela direção de Darryl Wharton-Rigby e, principalmente pela atuação de Danielle Deadwyler.

Danielle Deadwyler vive a interpreta a mãe de Emmett numa atuação simplesmente impressionante. A atriz transmite uma mistura de emoções profundas que vão desde a dor avassaladora da perda de um filho até a determinação implacável de buscar justiça para ele.

Danielle Deadwyler é Mamie Till-Mobley em Till: A Busca por Justiça (Divulgação)
Danielle Deadwyler é Mamie Till-Mobley em Till: A Busca por Justiça (Divulgação / Universal Pictures)

Sua atuação é convincente e desperta a simpatia do público. Além disso, Danielle Deadwyler traz nuances de vulnerabilidade e força para sua personagem, equilibrando perfeitamente a raiva e a tristeza que permeiam a história de Mamie Till-Mobley.

Till – A Busca por Justiça a bela união entre elenco, diretor e fotografia

Sean Patrick Thomas como Gene e Danielle Deadwyler como Mamie em Till: A Busca por Justiça
Sean Patrick Thomas como Gene e Danielle Deadwyler como Mamie em Till: A Busca por Justiça (Divulgação /Universal Pictures)

O filme cumpre o bem o seu papel como uma produção de época transportando sua audiência de volta aos anos 1950. Grande parte desse trabalho se dá ao esforço do diretor Darryl Wharton-Rigby.

A fotografia, iluminação e cenários criam uma sensação palpável de tensão, medo e injustiça. Enquanto a trilha sonora evocativa ajuda a aumentar a emoção da história.

Danielle Deadwyler é Mamie Till-Mobley em Till: A Busca por Justiça (Divulgação)
Danielle Deadwyler é Mamie Till-Mobley em Till: A Busca por Justiça (Divulgação / Universal Pictures)

Toda essa ambientação nos transporta de volta para a era da segregação racial no sul dos Estados Unidos.

O filme é uma lembrete importante das horríveis e trágicas consequências do racismo. No entanto, a produção também oferece uma mensagem de esperança e inspiração.

Till – A Busca por Justiça chega aos cinemas em 9 de fevereiro

E nosso veredicto de Balde de Pipoca foi:

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