Cuphead – A Série estreia na Netflix e roteiristas relatam dificuldade para adaptar jogos para a TV

Cuphead é um dos jogos mais populares da atualidades devido ao seu grau de dificuldade e também o estilo baseado em desenho animados dos anos de 1930.

Criado por Chad e Jared Moldenhauer, o jogo segue Xicrinho e Caneco, que têm uma dívida com Diabo e devem partir em um jornada para conseguirem suas almas de volta.

Nesta sexta-feira (18), Cuphead – A Série (The Cuphead Show!) chega na Netflix, e o criador da série, Dave Wasson, e a diretora de arte, Andrea Fernandez, falaram em um entrevista para o ComicBook sobre como balancearam elementos dos jogos com as ideias da série animada.

Wasson falou um pouco sobre como os protagonistas dirigem a série e como suas personalidades influenciam nisso.

“Acho que sabíamos que queríamos que fosse um equilíbrio. Queríamos que tudo fosse uma comédia dirigida por personagens. Então é como se a comédia viesse das personalidades dos personagens e gosta do que todos eles querem, com o que eles se importam, com o que eles não se importam e traços de caráter. Xicrinho é arrogante, então isso lhe causa muitos problemas. Caneco é mais neurótico, e é divertido brincar com isso”.

Cuphead - A Série (Reprodução / Netflix)
Cuphead – A Série (Reprodução / Netflix)

Fernandez lembrou das conversas com os roteirista sobre momentos em que Xicrinho e Caneco encontrariam os “chefões”, mas sem ser uma repetição do jogo.

“Eu me lembro na sala dos roteiristas… eu entrava e ficava tipo, ‘Oh meu Deus, esse episódio vai ser insano. Você tem que pegar leve com isso’. Porque havia cartas literais dispostas com onde eles encontrariam um chefe. Então é isso quase traçando o que todo o fluxo da série seria, e é diferente de um jogo, certo? Porque a cada nível, você encontra um chefe, mas se você tivesse isso para uma série, não seria a série mais divertida do que Cuphead fazer a mesma coisa repetidamente”.

Wasson concordou com Fernandez, e comentou sobre as estratégias para evoluir o desenho animado.

“Sim. Havia muita estratégia nisso. Porque também temos uma história em andamento com Cuphead and the Devil, mas é salpicada entre outros [episódios]. Sabíamos que também queríamos ter autônomos que parecessem desenhos animados únicos. Então isso foi divertido e isso evoluiu. Inicialmente, eu estava pensando que todos seriam meio que desenhos únicos, como os antigos shorts dos anos 30 e outras coisas. Mas então, já que estava indo para um serviço de streaming, parecia que seríamos loucos por não tirar vantagem de querer que as pessoas assistissem a coisas compulsivamente. Então foi aí que surgiu a ideia de fazer essas histórias conectivas do Diabo. Isso também foi muito, muito divertido, mas também foi uma estratégia com que frequência lançamos uma história do Diabo para manter isso em andamento, e onde colocamos essas episódios únicos?”.

Cuphead – A Série contará com onze episódios de dez minutos cada.

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