Cavaleiro da Lua e Pacificador compartilham passado chocante nos quadrinhos

Ambos personagens vieram de famílias ligadas ao nazismo.

As origens de muitos personagens da Marvel e da DC possuem elementos semelhantes, como é o caso do Cavaleiro da Lua e do Pacificador.

Isso porque tanto Marc Spector quanto Christopher Smith compartilham um passado doloroso que os influenciou de maneira profunda: suas famílias possuem ligação com o nazismo.

Apesar de compartilhar essa história de fundo, cada personagem lidou com isso de maneira diferente, e isso reflete em suas respectivas personalidades.

Pacificador

Pacificador (John Cena) em Pacificador
Christopher Smith (John Cena) em Pacificador (Reprodução)

Começando pelo Pacificador, sua existência é um verdadeiro paradoxo. Ele é um homem que tem tanto desejo pela paz que está disposto a matar outras pessoas para alcançá-la.

Este impulso para manter a paz, no entanto, decorre de um passado conturbado.

Acontece que seu pai era um comandante de um campo de concentração nazista e cometeu suicídio no dia do aniversário de cinco anos de Christopher, depois que seus crimes foram descobertos.

A partir daí, o garoto se tornou mentalmente instável, graças ao trauma pela morte e legado do seu pai, o que o levou a desenvolver tendências violentas.

Ele também passou a acreditar que o espírito de seu pai o assombrava, constantemente o repreendendo e criticando cada movimento seu.

Cavaleiro da Lua

Cavaleiro da Lua (Reprodução / Disney+)
Cavaleiro da Lua (Reprodução / Disney+)

A origem de Marc Spector também envolve um trauma. No passado, seu avô, que era um judeu, se envolveu com um homem chamado Ernst sem saber que ele era um soldado nazista.

Ernst se disfarçou de rabino, usando o nome falso de Yitz Perlman, e se juntou à família de Marc na América.

Usando essa nova identidade, ele atraía os judeus para sua casa e os torturava.

Marc e sua família se aproximaram do rabino Perlman, com Marc chegando a se referir a ele como tio Yitz. Ele costumava ir para sua casa para estudar enquanto seu pai estava trabalhando.

Um dia, porém, ao chegar à casa de Yitz mais cedo que o costume, Marc descobriu uma porta secreta no assoalho e decidiu entrar.

Depois de abrir a porta, Marc encontrou Yitz torturando um homem, pendurando-o no teto.

Yitz foi forçado a revelar sua verdadeira história como Ernst e contou que tinha prazer em torturar o povo judeu.

Os instintos de Marc entraram em ação, e ele foi capaz de atacar Ernst e escapar ileso.

Ernst desapareceu, mas o incidente deixou Marc traumatizado, tornando-se o gatilho para seu Transtorno Dissociativo de Identidade.

A representação do trauma dentro de cada uma dessas histórias é uma forma de mostrar como cada pessoa processa eventos traumáticos de uma forma diferente.

Os eventos terríveis que cada personagem vivenciou moldaram a trajetória de suas vidas para sempre, assim como acontecem com muitas pessoas na vida real.

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