O documentário Britney vs. Spears, da Netflix, examina documentos do tribunal e entrevista pessoas importantes que foram tiradas da vida da cantora Britney Spears a fim de trazer luz sobre a situação da tutela sob a qual ela esteve submetida desde o ano de 2008 e que começou a ter fim agora em 2021.
Caso você ainda não tenha visto o documentário, aqui tem um resumão do que acontece.
Um médico disse-se que Britney tinha demência
O filme mostra documentos judiciais de um médico geriatra afirmando que Britney Spears tem demência. Esta informação foi usada consistentemente como evidência, apesar de a cantora ainda estar em turnê escrevendo canções e até criando coreografias para seus shows.
É horrível saber que ninguém achou esta avaliação e evidência estranha. Na verdade, o tribunal nunca questiona como uma superstar com essa condição foi capaz de memorizar e realizar rotineiramente uma turnê multimilionária.
O pai de Britney pressionou o X-Factor para que ela fosse uma das juradas
Jamie queria que a filha trabalhasse, por isso, levou-a para atuar como jurada do X-Factor. Ela estava tomando medicamentos diferentes na época em razão da sua saúde mental, porém, a equipe, controlada pelo pai, dava a ela dosagens diferentes, que variavam de acordo com as obrigações de trabalho que ela tinha.
A equipe do programa queria uma avaliação médica para ter certeza de que ela estava bem para trabalhar. Seu pai pressionava essas avaliações para garantir que mostrassem que Britney seria uma boa jurada, independentemente do resultado.
Ela ficava isolada durante as turnês e não esboçava expressões
O documentário mostra um antes e um depois da perspectiva de Britney, com uma rara entrevista com uma antiga bailarina da sua primeira turnê. Essa bailarina lembra o quão feliz Britney ficou ao vê-la quando ela visitou seu show na residência que fazia em Las Vegas.
Depois disso, os guardas de segurança da cantora pediram que essa dançarina substituta a visitasse com mais frequência, porque eles nunca viram Britney sorrir.
Britney também solicitou uma penalidade para seu pai
Uma das políticas da tutela era que ela não pudesse estar sob a influência de drogas e seria testada diariamente. Britney ficou muito chateada com essa situação, mas não pelos testes, e sim pelo fato de seu pai ser um hipócrita, afinal, ele tinha histórico de abuso de álcool e outras drogas e não tinha nenhuma penalidade por isso.
O documentário mostrou que Britney não revidou sobre o cumprimento dessa exigência, mas apenas queria que a mesma condição fosse imposta a seu pai para determinar seu direito de ser seu tutor. No entanto, este pedido não foi considerado.
Britney só pode dirigir sozinha sob supervisão
Seu pai e sua equipe marcariam um horário para ela dirigir em uma área isolada por 30 minutos sob sua supervisão. Britney se sentiu e parecia mais livre ao dirigir neste espaço fechado.
Mas essa informação foi importante para que o público pudesse conhecer o nível de controle que a tutela impôs sobre a vida dela. Uma pessoa que conquistou tanto com o próprio trabalho e que, praticamente, não podia usufruir do que ela mesma tinha.
Ao final, parece que os interesses do pai estavam muito mais além dos cuidados com a saúde mental da filha.
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Um Psicólogo que estuda Medicina, ensina inglês, toca piano, ama escrever e tem um gato. Atuo como redator especializado em assuntos da cultura pop como filmes, séries de TV e streaming, animes e variedades relacionadas.
