Bacurau é eleito o melhor filme estrangeiro pelos críticos de Nova York

Pela terceira vez ao longo de 40 anos, um filme brasileiro conquistou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro pelo New York Film Critics Awards. Considerado uma prévia do Oscar, o anúncio foi feito nesta última sexta-feira (18) e a estatueta foi entregue à Bacurau.

Lançado no Brasil em 2019, o longa de Kleber Mendonça Filho fez muito sucesso entre a crítica e os espectadores.

O diretor do filme festejou a premiação:

“Acho que em 40 anos, só dois outros brasileiros receberam esse prêmio, Pixote, do Héctor Babenco em 1980, e Cidade de Deus, do Fernando Meirelles em 2002. Grato!”.

Vale lembrar que o filme brasileiro ainda pode concorrer à categoria de Melhor Filme no Oscar 2021. Isso porque Bacurau foi lançado nos EUA pouco antes da pandemia que afetou o mundo, sendo possível a nomeação para a Academia de Artes e Ciência Cinematográficas.

No mesmo dia (18), o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, também inseriu Bacurau na lista dos melhores filmes que ele ao assistiu longo do ano de 2020.

Na publicação Obama escreveu: “Como todo mundo, nós ficamos presos em casa muitas vezes neste ano e, com o streaming misturando ainda mais os limites entre os filmes do cinema e os filmes de televisão, eu ampliei a lista para incluir narrativas visuais de que gostei este ano, independentemente do formato”.

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Bacurau mostra a vida de um pequeno povoado no sertão brasileiro que descobrem que não estão no mapa. O habitantes começam a desconfiar que estão sendo atacados quando forasteiros começam a chegar, drones surgem no céu e cadáveres começam a aparecer. Eles precisam cria uma forma de lidar com o inimigo.

O longa metragem nacional conquistou prêmios no Festival de Cannes, Festival de Lima, Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e no Prêmio ABC de Cinematografia.

No IMDb, o filme conseguiu nota  7,5 / 10. Enquanto no Rotten Tomatoes conseguiu 91% de aprovação do público e 86% de aprovação da crítica. Leia abaixo alguns comentários:

“O filme de Mendonça e Dornelles é … uma tentativa de lutar contra um mal indizível e horripilante – mas um mal que deve ser entendido em termos sociais e históricos, e não bíblicos” – Ela Bittencourt, Harper’s Magazine.

“É um grito de guerra contra a injustiça estrutural contada por meio de uma mistura satisfatória de influências do oeste e da ficção científica” – Cody Corrall, Chicago Reader.

“Isso ressoa. E apesar da beleza dos rostos locais desgastados que este filme celebra, ele ressoa para qualquer pessoa, em qualquer lugar, que o assista” – Ty Burr, Boston Globe.

“Você nunca sabe para onde esse filme está indo. É como um sonho por um longo tempo e então se torna incrivelmente violento. Você está rindo em momentos que talvez não devesse. É muito vívido, muito estranho e diferente de qualquer outra coisa” – Christy Lemire, FilmWeek (KPCC – NPR Los Angeles).

 

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