A atriz Evanna Lynch, que interpretou Luna Lovegood na franquia de Harry Potter, abriu o jogo sobre seus problemas pessoais e como a história do bruxinho a ajudou a superar uma fase muito ruim de sua vida.
Evanna conversou com o The One Show da BBC e confessou que passou por muitos problemas de imagem corporal na infância.
Segundo ela, o desconforto com sua própria aparência acabou se transformando em um distúrbio alimentar:
“Naquela idade, eu realmente não me aceitava como eu era, na verdade eu me odiava. Você pode se apegar em coisas tóxicas, que não são saudáveis para você. Para mim, eu me encontrei controlando a comida, controlando o meu corpo, e isso levou a um distúrbio alimentar.”
“Foi a pior fase da minha vida. Foi totalmente desesperançoso. Eu me senti sem valor algum”, revelou a atriz.
Ela contou que, foi graças aos livros de Harry Potter e o estímulo de sua família à leitura que acabou a ajudando a superar a fase ruim:
“Eu cresci no interior, era uma família que amava ler livros. Nós fomos realmente ensinados a valorizar histórias e a imaginação. Eu realmente tinha um senso quando eu estava com cerca de onze anos de tipo, ‘quem eu sou?’ ‘O que eu estou fazendo aqui?’ ‘O quanto eu valho?’ Tipo, essas perguntas significativas… […] Com coisas como doenças mentais, com coisas como distúrbios alimentares, é uma parte do seu psicológico que precisa ser canalizada para outros meios. E eu precisava mais de histórias do que médicos me cutucando e me analisando. E os livros de Harry Potter me capturaram e me fizeram, tipo, amar estar viva. Eles eram lindos, eram mágicos, e eram a única coisa que me distraía de comer e de me exercitar.”
Personagem foi uma boa influência para atriz melhorar
Evanna conta que seus pais sofreram muito com os problemas dela, e se culpavam pelo que ocorria.
Ela não os culpa, no entanto, e entende que mesmo com todo o amor que recebeu isso era algo dentro da própria cabeça que precisava ser mudado:
“Você está cansado, você está obcecado, era como se eu tivesse perdido a mim mesma. Eu perdi a minha personalidade. Meus pais realmente se torturaram um pouco com isso, ficando tipo, ‘O que nós fizemos errado?’, e é tipo eles não me deram nada a não ser amor, era mental, era um mecanismo para lidar com as coisas.”
Ela também confessou que foi Luna quem teve grande parcela da “culpa” de sua melhora.
Segundo a atriz, a personalidade de sua personagem de se aceitar mesmo com tudo o que poderia ser julgado como estranho foi algo que diretamente ajudou ela a superar sua doença:
“Eu tive muita sorte que eu tive um grande, grande sonho se tornando realidade. A Luna Lovegood foi uma grande influência positiva na minha vida, porque ela era tão confiante, tão presente e se aceitava tanto. Eu estava estável enquanto gravava o filme, em termos da minha recuperação.”
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
