Brooke Shields se tornou reconhecida mundialmente por seu trabalho em A Lagoa Azul, que causou polêmica devido a nudez de seus jovens protagonistas, algo que deixava a atriz desconfortável. O drama romântico acompanha dois jovens que cresceram sozinhos em uma ilha deserta depois que seu tutor morreu. Quando os dois chegam à puberdade acabam se apaixonando e descobrindo os prazeres físicos de completar um ao outro.
O filme foi duramente criticado quando lançado em 1980, pois Brooke Shields tinha apenas 14 anos quando filmou o longa, que continha muitas cenas de nudez dela e de seu colega Christopher Atkins.
A produção alega que, boa parte das cenas de nudez da personagem dela, Emmeline, foram feitas pela dublê de corpo, Kathy Trout, que tinha 32 anos.
Em um recente episódio de seu podcast, Now What? a atriz recebeu seu colega de cena de A Lagoa Azul.
Atkins, que na época em que fez o filme tinha 18 anos, relembrou como os dois tiveram reações diferentes ao fato de terem que ficar nus em tantas cenas, o que não chegava a incomodá-lo tanto.
“Depois daquele filme, foi difícil ficar vestido. Havia cenas em que eu ficava nu com você, era um pouco estranho, mas também foi meio engraçado porque eu fazia normalmente. Mas sua reação foi [de irritação]”, ele descreveu.
Limites
Shields explicou que sua reação irritada devia-se ao fato dela se sentir muito jovem para ver seu colega de cena totalmente nu, o que a deixava desconfortável.
“(Pensava:) ‘Por que tenho que olhar para isso (o corpo nú de Alkins)? Eu nunca tinha visto um (homem nu) antes. Não vou começar agora”, ela relembrou.
Ela revelou que apesar de toda nudez, a produção tinham um limite de até onde podia ir em relação a mostrar seu corpo.
“Vestíamos pequenas tiras de roupa e meu cabelo estava preso no meu corpo para cobrir os seios, que eram mínimos. Eu não sei o que eu estava tentando cobrir. Lembra das almofadas? Eles colocavam umas coisinhas cor de carne nos meus mamilos porque o mamilo evidentemente era onde eles colocavam um limite neste filme”, ela afirmou.
Quase namorados
A dupla também comentou sobre a obsessão do diretor do filme, Randal Keiser. O cineasta tentou “forçá-los” a se relacionarem romanticamente de verdade para dar mais realismo às suas cenas como um casal.
“O que eu me lembro, também, é que eles queriam que nos apaixonássemos tão desesperadamente um pelo outro”, apontou Shields.
Atkins já admitiu anteriormente que se sentia atraído por sua colega de cena e insinuou que teria rolado um flerte entre eles. E agora, de fato defendeu que a ideia do diretor acabou tendo um resultado positivo.
“Isso provavelmente foi ótimo para o filme, porque é disso que se trata. Você tem que admitir que a química entre nós foi simplesmente incrível. Houve muitos grandes momentos que aconteceram lá, e eu acho que foi muito dessa inocência que apareceu no filme o que o fez funcionar ainda mais”, ele opinou.
A Lagoa Azul está disponível na Netflix.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.
