Com o sucesso de Round 6 no mundo inteiro, o ator Lee Jung-jae foi catapultado à fama internacional e é considerado o ator mais bem pago da Coreia do Sul. E embora ele diga que esteja aguardando convites de Hollywood, ele acredita como artista um personagem rico como seu protagonista Gi-hun é verdadeiramente um sonho.
“Nada mudou muito para mim como ator. Mas o personagem de Gi-hun muda muito ao longo do show. Tem um amplo espectro, que qualquer ator gostaria de experimentar pelo menos uma vez na carreira. Esta foi possivelmente a primeira vez que interpretei um personagem com tal alcance”, diz Lee em entrevista à revista Variety.
Os filmes coreanos passaram a chamar a atenção após a vitória de Parasita no Oscar, mas as minisséries de TV fazem muito sucesso, com grandes produções. Os gigantes globais de streaming estão agora envolvidos em uma corrida para garantir acordos de fornecimento de longo prazo com produtores e fornecedores de conteúdo coreanos.
O ator explica que lá não existe uma diferença como nos Estados Unidos, que considera inferior um ator de TV.
“Sempre há dúvidas se algo é melhor como filme ou como série. Não tenho certeza do quanto isso importa. O importante é se o roteiro se encaixa na forma, se a história é divertida e cativante”, diz ele.
Porém a ideia de trabalhar um personagem, entendê-lo e construí-lo por mais tempo lhe parece mais interessante.
“Estamos vivendo em uma época em que um ator pode escolher livremente entre os dois. Hoje em dia, na Coréia, muitas séries de dez episódios ou menos estão sendo feitas por escritores e diretores do cenário cinematográfico. Isso me faz sentir muito em casa. Mas as séries são naturalmente mais longas, o que lhe dá mais tempo para desenvolver um personagem. Talvez como ator eu deva fazer mais séries, explorar um pouco mais.”
Sucesso em outras áreas
Lee, que usou os frutos de seu sucesso anterior para se tornar um empreendedor e se aventurar em restaurantes, propriedades e design de interiores, diz que quer cada vez mais se concentrar em atuar.
Ele está atualmente produzindo e fazendo sua estreia como diretor de longa-metragem em Namsun, um thriller de espionagem que ele se envolveu depois de comprar os direitos e reescrever o roteiro.
“Só porque estou fazendo o trabalho do diretor neste filme não significa que vou desistir de atuar. Ainda gosto de atuar melhor e pretendo focar nisso. Quando eu era mais jovem, tinha curiosidade sobre outras profissões. Eu queria ver outras partes do mundo, experimentar coisas. Mas já faz um bom tempo que não me envolvo nessas coisas.”
“Depois que fiz 40 anos, senti minha resistência diminuir e racionalizei que deveria me concentrar em apenas uma coisa, e decidi me concentrar em atuar sozinho. Agora que tenho quase 50 anos, sinto mais. E decidi que só farei um trabalho de cada vez. Por enquanto, não tenho planos de fazer um projeto no exterior. Mas se uma boa oportunidade se apresentasse, é claro que estaria aberto a ela”, disparou o ator sorridente.
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