Andy Serkis prevê futuro da captura facial no cinema: “maquiagem digital”

Andy Serkis disse que futuro da tecnologia de captura de movimento será muito parecido os famosos deepfakes.

Deepfake é um tecnologia que tem se tornado cada vez comum, principalmente em vídeo de fãs que colocam o rosto de um ator no lugar de outro para produzir vídeos e outros projetos.

Serkis é conhecido por seu excelente trabalho em atuar com personagens que necessitam de captura de movimento para ganhar vida. Sua atuação mais conhecida é como Gollum da trilogia O Senhor dos Anéis.

Como alguém na vanguarda da captura de movimento, Serkis está no lugar perfeito para prever para onde isso está indo, e ele disse à Total Film que continuará se aproximando da realidade.

O ator acredita que a tecnologia está em constante evolução para traduzir melhor e mais completamente a atuação do ator, a ponto de eventualmente substituir a maquiagem por completo.

Fazer alguém parecer, como por exemplo, Abraham Lincoln pode, algum dia, envolver a recriação de seu rosto real. O ator e diretor disse:

“Em termos de performance, captura, o método de captura facial está evoluindo o tempo todo e os detalhes, as nuances no final, a performance raiz real que você consegue de um ator, e a tradução disso no final é cada vez mais perto. […] As pessoas já me criticaram antes por dizer que é como maquiagem digital, mas está se tornando assim. Acho que você vai conseguir interpretar alguém da história da fotogrametria e ter um rosto real de Abraham Lincoln que você está jogando, em vez de esculpido”.

Andy Serkis / Gollum na trilogia O Senhor dos Anéis
Andy Serkis / Gollum na trilogia O Senhor dos Anéis

Em outra parte da entrevista, Serkis, brincando, admitiu se sentir um pouco responsável pela era atual do deepfake, em que alguém em um vídeo existente é substituído pela imagem de outro.

Embora talvez mais famosa por suas aplicações amadoras em coisas como vídeos falsos, a estratégia guiada pela inteligência artificial tornou-se notável no cinema e na TV por seu potencial mais sinistro de permitir que os estúdios incorporem um ator sem seu envolvimento real.

Por exemplo, a Disney desenvolveu uma tecnologia deepfake que afirma poder ser usada para facilitar novas performances de estrelas mortas há muito tempo.

O mesmo tipo de tecnologia foi usada algumas vezes no cinema, como para fazer um ator parecer mais jovem do que é, como foi o caso do rejuvenescimento de Tony Stark (Robert Downey Jr.) em Capitão América: Guerra Civil, ou envelhecer Robert De Niro como aconteceu em O Irlandês.

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