Kate Mara fez uma escolha audaciosa ao decidir interpretar uma professora que alicia uma de suas alunas na série da FX, A Teacher. A produção é dirigida por Hannah Fidell, e aborda a formação e as consequências de um caso escandaloso entre uma mulher mais velha e um menor de idade.
Quando indagada pelo Deadline sobre as condições psicológicas de uma professora que é capaz de se envolver com um aluno, Mara responde o seguinte:
“Bem, isso é complicado, porque eu realmente não tenho uma resposta. Definitivamente pesquisei essas histórias, especificamente a de Mary Kay Letourneau, e há um documentário que assisti que achei realmente fascinante. Mas, não é como se eu pudesse ir e falar com uma dessas pessoas. Não tenho uma resposta, e acho que essa foi uma das razões pelas quais eu acho que interpretar o personagem e explorar a série é tão interessante, porque você só precisa fazer sua própria avaliação e tentar encontrar características específicas em pessoas e histórias que talvez façam sentido.”
A figura da mulher mais velha que se atrai por alunos e adolescentes sob os seus cuidados é uma narrativa recorrente dos filmes adultos. Mas o tema também é desafiador por outros motivos, como a tentativa de trazer à tona os casos de abuso sexual após a onda de denúncias do movimento #MeToo.
Mara interpreta a professora Claire Wilson com maestria, levando os espectadores a refletir sobre quem é mais culpado: o predador ou a presa.
Sobre o que mais a impressionou no que se refere à sua personagem, a atriz afirma que sua personagem foi pensada a partir das suas fragilidades.
“Bem, decidimos muito especificamente que ela era uma cuidadora, sabe, até mesmo enquanto criança, com a mãe doente e depois falecendo, e o pai sendo alcoólatra a maior parte da vida”, afirmou a atriz.
Ela também acredita que estes fatores foram importantes para que o público entendesse como ela se torna a adulta criminosa que alicia o seu aluno:
“Isso foi algo que foi importante para nós porque, em seguida, mostra talvez por que, mesmo em seus 30 anos, ela está se sentindo como se nunca tivesse realmente tido uma infância, ou nunca foi capaz de se deixar levar e experimentar esse tipo de escola ou mesmo vida universitária, que as crianças que ela está ensinando experimentam. Então, isso foi algo importante para nós, e mostramos um pouco disso na série, mas muito disso realmente era apenas para nós sabermos também”, afirmou.
Esta não é a primeira mulher complicada no currículo de Mara, que inclui personagens complicados como a jornalista comprometida Zoe Barnes em House of Cards da Netflix e Hayden McClaine na primeira temporada de American Horror Story: Murder House.
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