Richthofen: Quanto os acusados receberão pela produção da Amazon?

Suzane von Richthofen ficou conhecida por realizar um dos crimes mais chocantes do Brasil. A jovem assassinou os pais em outubro de 2002 com a ajuda dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos.

A história do crime inspirou a criação de dois filmes, A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais. As produções chegarão ao catálogo da Amazon Prime Video no dia 24 de setembro de 2021. Richthofen foi condenada a 39 anos de prisão e a possibilidade de receber lucro pelas obras gerou incômodo.

Quanto os acusados receberam pela produção dos filmes?

Os filmes recontam os acontecimentos que levaram ao assassinato de Marísia e Manfred Albert von Richthofen, pais de Suzane. De acordo com a averiguação do CinePOP, nenhuma das pessoas que são retratadas nos longas receberão dinheiro pela veiculação ou utilização da história.

Por se tratar de filmes baseados em caso público e ter tomado como base os autos do processo, não se considera que haja conexão direta com os envolvidos no caso. Ou seja, nenhum deles recebeu ou receberá qualquer quantia por A Menina Que Matou os Pais ou O Menino Que Matou Meus Pais.

Os filmes são protagonizados por Carla Diaz e Leonardo Bittencourt, como Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos, respectivamente. À frente da direção, esteve Maurício Eça.

O roteiro foi escrito por Ilana Casoy e Raphael Monte, baseado no livro de Casoy que narra o julgamento histórico que durou mais de 65 horas, com contradições e reviravoltas. 

Críticas sobre a adptação do caso Richthofen

Apesar de destacarem a atuação de Carla Días, a crítica do Omelete revelou desapontamento com o roteiro. A justificativa é o fato de os roteiristas terem resgatado depoimentos Suzane e Daniel na vida real que, segundo o site, é um discurso manipulado. 

O portal também ressaltou que a divisão da história sob duas perspectivas não funciona muito bem. 

“Se a intenção da equipe criativa era ilustrar artisticamente a jornada que levou dois jovens a se tornarem assassinos, não seriam os depoimentos dos mesmo a melhor ferramenta para uma reconstrução respeitável”, disse Eduardo Pereira na matéria.

E completou:

“E se a intenção era colocar o pragmatismo em segundo plano em nome de um ensaio sobre o que é, de fato, a verdade, a narrativa se beneficiaria de uma estrutura de filme único.”

A opinião negativa sobre o filme também veio de Filipe Furtado, da Folha de S. Paulo.

“Um dos maiores fracassos do projeto é o fato de uma versão ser tão divorciada da outra. Os filmes são co-dependentes, mas não se iluminam. Não existe uma dialética entre as versões. O longa entrega ao espectador a possibilidade de buscar uma verdade, mas oferece pouco em termos dramáticos.”

Em resumo, a crítica entendeu que houve uma boa tentativa na formulação da ideia ousada, porém a execução foi falha.

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