Plano com anúncios da Netflix terá várias restrições; vale a pena pagar por isso?

Assinantes do plano com anúncios não poderão assistir offline

A Netflix está preparando o terreno para a implementação do seu plano mais barato que exibirá anúncios entre os vídeos e divulgou mais uma novidade que pegou o público de surpresa.

Uma publicação do Jornal O Globo afirmou que os usuários que optem por esse tipo de assinatura não poderão baixar conteúdos para assistir offline em celulares, notebooks ou em outros dispositivos.

A opção costuma ser uma das vantagens que a maioria das plataformas de streaming oferece aos seus usuários, já que nem todo mundo pode estar conectado constantemente.

Isso significa dizer que os assinantes do plano ‘mais barato’ acabarão ficando em desvantagem, o que pode se tornar um problema para a própria Netflix, pois muitas pessoas poderão passar a rejeitar a plataforma por causa disso.

Jack (Martin Henderson) e Mel (Alexandra Breckenridge) em cena de Virgin River (Reprodução/Netflix)

Vale lembrar que, neste ano, a empresa começou a perder cada vez mais assinantes e já foi superada pela concorrência quando o Disney+ anunciou ter mais assinantes.

Por isso, a estratégia de disponibilizar um plano mais barato, com o objetivo de atrair mais assinantes poderá ter um efeito contrário e passar a afugentá-los, caso a restrição de downloads seja mesmo confirmada.

Além disso, uma outra restrição é que nem todos os conteúdos estarão disponíveis para os assinantes do plano com anúncios.

A ideia vem sendo discutida desde o mês de abril, quando a plataforma se deu conta de a concorrência realmente está ficando mais intensa e várias pessoas cancelaram suas assinaturas.

Por isso, o co-CEO da empresa, Reed Hastings, anunciou que a empresa tem urgência em lançar o novo plano, pelo menos nos próximos dois anos.

“É um plano rápido e ambicioso, e vai exigir que sacrifiquemos algumas coisas. Pense em nós como abertos para oferecer preços ainda menores com anúncios, como escolha do consumidor”, ele disse.

Gwendoline Christie como Lúcifer em Sandman (Reprodução / Netflix)
Gwendoline Christie como Lúcifer em Sandman (Reprodução / Netflix)

Hastings justificou o plano dizendo que deseja dar ao consumidor maior autonomia para escolher o que deseja.

“Aqueles que já acompanham a Netflix sabem que sempre fui contra a complexidade dos anúncios e um grande fã da simplicidade de assinatura. Mas, apesar de seu ser grande fã disso, sou um fã ainda maior da escolha do consumidor.”

“Permitir que os consumidores que gostariam de pagar mais barato e não se importam com anúncios consigam o que queiram faz bastante sentido. Então, é algo que estamos explorando agora, tentando descobrir até o próximo ano ou dois.”, falou ele.

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