Barry Jenkins deu uma pequena prévia do que os fãs podem esperar do novo filme de O Rei Leão. O diretor de Moonlight surpreendeu muita gente quando aceitou tomar o posto de Jon Favreau, que dirigiu a adaptação do clássico da Disney para a sua versão ‘live action’.
O novo filme vai ser um prelúdio para a famosa história com uma versão mais jovem de Mufasa e Scar antes dos eventos do primeiro filme e antes do pai de Simba se tornar rei. Barry conversou com a revista Variety recentemente e ofereceu alguns detalhes sobre o que ele vai tratar nessa segunda história.
Segundo ele, muito do que os reis precisam para subirem ao poder passa por conflitos que todas as pessoas podem se identificar, e que essas serão algumas das coisas que ele quer mostrar neste novo filme:
“Eu cresci com essas personagens, então elas significam muito mesmo para mim. Eu acho que o trabalho que o Jeff Nathanson, o roteirista, fez e voltar em realmente ajudar as crianças e qualquer pessoa que já amou essa propriedade entende o que é necessário. Reis não nascem, eles são feitos. Eles têm que se tornar quem eles são através de uma série de eventos com os quais várias pessoas conseguem se identificar. Então, desse ponto de vista, isso se encaixa bem com todo o resto das coisas que nós já fizemos. Então eu não sinto pressão, eu só quero fazer um bom trabalho.”
Diretor impôs uma condição para fazer o filme
Depois que a animação realista de 2019 fez um grande sucesso e rendeu mais de um bilhão de dólares em bilheterias no mundo todo, não é de se surpreender que a Disney iria se interessar em fazer mais filmes com as personagens.
Barry confessou em entrevista em 2020 que se apaixonou pelo roteiro assim que o leu.
Ainda assim, ele quis deixar as coisas às claras com a Disney e impôs uma condição para que ele fizesse o filme. Ele só aceitaria o projeto caso os estúdios lhe dessem liberdade criativa para fazer as coisas do seu jeito, revelou:
“Meus agentes me mandaram um monte de roteiros. Quando esse aqui chegou, super secreto, eu estava bem cético. Eu li o roteiro e cerca de 40 páginas depois eu virei para a Lulu [Wang] e disse, ‘P*ta m*rda, isso aqui é bom’.”
“E conforme eu continuei lendo, eu me distanciei do pedaço do meu cérebro que dizia: ‘Oh, um cineasta como você não quer fazer um filme assim’. Eu me permiti ir até essas personagens, essa história, é incrível. O que realmente me levou a aceitar foi que o James, meu diretor de fotografia, disse: ‘Sabe do que? Tem algo realmente interessante nessa forma de fazer filmes que a gente ainda não fez e não teve muita gente que já fez’. Ali foi onde eu voltei para os grandões e disse: ‘Eu amaria fazer isso, mas eu preciso poder fazer o que eu faço’.’
O live action de O Rei Leão está disponível no Disney+.
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
