O Legado de Júpiter: Criador queria a maior história de heróis de todos os tempos

O Legado de Júpiter, nova série da Netflix inspirada nas HQs de Mark Millar e Frank Quitely, chegou ao catálogo do streaming nesta sexta-feira (07)

Millar é conhecido por criar histórias para a DC Comics e Marvel, como Ultimate X-Men, além de ter inspirado os Vingadores do cinema. O escritor escocês também criou a série de quadrinhos O Procurado, que deu origem ao filme de 2008 estrelado por Angelina Jolie, James McAvoy e Morgan Freeman.

Em 2012, com a ajuda de Frank Quitely, Millar criou essa história de super-heróis pouco convencional, com foco nas dinâmicas familiares.

Na trama, após quase um século protegendo a humanidade contra todo o tipo de ameaças, os heróis precisam passar o bastão aos seus filhos, mas essa tarefa não será tão simples, afinal as diferenças entre as gerações falará mais alto.

Em uma entrevista exclusiva ao site CineClick, Millar falou de onde originalmente veio a ideia para criar O Legado de Júpiter e os elementos que a diferenciam das outras histórias convencionais de super-heróis:

“Minha única ambição com essas HQs era criar a maior e melhor história de super-herói de todos os tempos. Algo grande como Senhor dos Anéis ou Game of Thrones, com super-heróis. Trabalhei na Marvel por dez anos, fiz Superman na DC, e só queria reunir tudo que aprendi reinventando os personagens deles para criar a maior franquia que conseguisse imaginar.

Tudo começa na década de 1920 e vai até o fim dos tempos, então a história antecede a Marvel e a DC Comics e aborda de tudo, desde o sentido da vida até o maior segredo do universo, com literalmente uma centena de personagens diferentes. Passei dois meses fazendo anotações em 2012.

Queria algo diferente. Lembro que quando saiu o primeiro filme X-Men, em 2000, ele parecia muito diferente dos super-heróis da década de 1990. Foi um salto evolutivo em termos do caminho que um filme estava disposto a trilhar.

Agora, O Legado de Júpiter representa outro salto para o gênero. É, acima de tudo, uma série sobre super-heróis, mas é uma história pé no chão, sobre dinâmicas familiares complexas e sobre a natureza cíclica da história. Ela coloca esses personagens bem no meio do nosso mundo de hoje, fazendo com que pareçam impotentes e muito deslocados, mesmo que tenham o poder de mover montanhas e mudar o mundo da noite para o dia.”

Cena de O Legado de Júpiter (Reprodução / Netflix)
Cena de O Legado de Júpiter (Reprodução / Netflix)

O criador também falou como acredita que a série O Legado de Júpiter vai ser recebida pelos fãs das histórias em quadrinhos e também pelo novo público que ainda não conhece nada dessa história escrita por ele:

“Existe uma ânsia por uma complexidade mais intensa. Cinco anos atrás teria sido muito difícil fazer O Legado de Júpiter. Há vinte anos, seria algo impensável. Então ter algo grandioso assim, tão atual e tão bem feito, vai ser incrível para o público. Como eu estava lá na Netflix como produtor, acho que os fãs vão gostar de ver como eu pude colocar a mão na massa no processo.

Fizemos as edições finais mês passado, e assisti à série inteira três vezes semana passada. Foi tudo feito com muito amor, e conseguimos um resultado do qual todos temos um orgulho imenso.”

 

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