Edgar Wright só não desistiu de Noite Passada em Soho por um motivo

Edgar Wright falou sobre seus filmes musicais, entre eles The Spark Brothers e o thriller da década de 1960, Noite Passada em Soho. O cineasta concedeu uma entrevista para a conferência Music for Screens da Variety onde falou sobre detalhes da sua obra.

Wright teve um ano de imensa imersão na música. Na sua entrevista ele falou sobre sua paixão pelo tema e como isso influencia seu trabalho:

“Há elementos de sonho que se tornam realidade de maneiras diferentes. A música em Noite Passada em Soho é algo que me apaixona muito, e é sempre uma emoção trabalhar com uma música que você realmente ama e em alguns casos fazer algo interessante com ela.”

No mês de junho Wright lançou The Spark Brothers, um tributo em forma de documentário à dupla de irmãos que celebrou 50 anos do rock da banda. Já em novembro Noite Passada em Soho estreou. O filme é um thriller psicológico sangrento britânico em fase de pós-produção. O longa quase pode ser considerado um musical, pois sua trilha sonora está cheia de sucessos pop britânicos liderados por mulheres dos anos 1960.

The Spark Brothers (Divulgação)

Wright também já tinha mostrado seu primor com trilhas sonoras de filmes como Em Ritmo de Fuga (2017). O cineasta falou em detalhes sobre sua filosofia de trabalho para a música em dois projetos tão diferentes.

“E então, no caso do documentário The Sparks Brothers, eu sou fã do Sparks há muito tempo e simplesmente senti que era meu dever trazer essa história para a tela.”

Sobre Noite Passada em Soho ele explica:

“Há um número de dança na primeira sequência de sonho, que é feito com uma versão cover de Wade in the Water da Graham Bond Organization, uma faixa ao vivo de um álbum de 1964 chamado Live at Klooks Kleek. Eu costumava ouvir essa música e começava a imaginar o visual na minha cabeça. Eu disse isso sobre Baby Driver, e é verdade com algumas das sequências aqui, onde você tem essa versão cinematográfica da sinestesia, onde você imagina o que vai ser, apenas com base na música”.

Wright disse que a trilha sonora foi a razão pela qual ele não desistiu do projeto:

“Mas, além disso, eu já tinha a ideia do filme há muito tempo, tipo uma década. E uma das coisas que me fez continuar  como um lembrete para continuar desenvolvendo, foi juntar essa playlist da música que eu queria que estivesse no filme.”

Edgar Wright é diretor, roteirista, produtor e ator. Ficou conhecido pela Trilogia do Sangue e Sorvete, que reúne Todo Mundo Quase Morto (2004), Chumbo Grosso (2007) e Heróis de Ressaca (2013).

O que você achou? Siga @siteepipoca no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui.

Veja mais ›