Rainhas da África: Quem foi Nzinga Mbandi?

Nova série documental da Netflix explorará a história de mulheres importantes da África

A Netflix lançou nesta semana a série documental Rainhas Africanas: Nzinga (African Queens), cuja primeira temporada conta a história da Rainha Nzinga Mbandi de Angola. A segunda temporada contará a história de Cleópatra.

A série de quatro episódios tem produção executiva de Maxine Watson, com narração de Jada Pinkett Smith. A história de Nzinga Mbandi é contada através de relatos de especialistas como também através de dramatização.

Rainha Nzinga Mbandi nasceu em 1583 e morreu em 1663. Ela foi rainha dos reinos de Ambundu de Ndgongo entre 1624 e 1663, e de Matamba, onde atualmente é o norte de Angola, entre 1631 e 1663.

Nzinga Mbandi recebeu treinamento militar e político desde pequena, e por isso sempre mostrou aptidão em resolver problemas crises políticas. Ela lutou pela independência de seus reinos, contra os portugueses e contra o comércio de escravos.

Ela se tornou uma as figuras mais importantes da história de Angola, conhecida principalmente por sua inteligência, diplomacia, sabedoria e táticas militares.

Por que fazer um documentário sobre Nzinga Mbandi

Em uma entrevista para o Deadline, a produtora executiva Maxine Watson explicou o motivo para criarem uma docussérie sobre a Rainha Nzinga Mbandi.

Segundo Watson, tudo começou com um questionamento de Willow, filha de Will Smith e Jada Pinkett Smith, sobre o motivo de ninguém saber sobre as rainhas africanas.

Para Watson, este era o momento perfeito para produzir a série, devido ao destaque de filmes como A Mulher-Rei e Pantera Negra: Wakanda para Sempre.

“Agora é um momento sábio para lançar, pois A Mulher-Rei e Wakanda Para Sempre tornaram mais fácil para a Netflix contar essa história. Esperamos que isso possa inspirar a próxima geração”.

“Não acho que a TV moderna sequer arranhou a superfície dessas histórias. Você deve se perguntar por que não sabemos tanto sobre a rainha Nzinga quanto sabemos sobre, digamos, a rainha Elizabeth I”, acrescentou ela.

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Watson ainda disse que estrear a série com Cleópatra seria óbvio demais.

“(…) Nzinga é reverenciada pelos angolanos e mas o resto do mundo mal sabe o nome dela. Isso a fez se sentir uma candidata muito boa”, disse a PE.

Watson ainda comentou sobre alguns relatos sobre Nzinga : “Falam sobre Nzinga comendo o coração das pessoas ou tendo 100 concubinas, mas você tem que aceitar isso com uma pitada de sal”.

Ela ainda contou que ficou deslumbrada em filmar a série na África do Sul: “Eu nunca tinha estado na Cidade do Cabo e, no entanto, minha primeira experiência em um set foi ver todos esses jovens negros e pardos fazendo todos os tipos de trabalhos. Fiquei deslumbrada”.

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