Morte da Rainha Elizabeth pode influenciar próximo James Bond

Filme deverá refletir acontecimentos históricos da Grã-Bretanha

O falecimento da rainha Elizabeth II mudou muitas coisas no Reino Unido e pode causar impacto até mesmo na própria trama do novo filme do James Bond, principalmente se o filme for abordar questões políticas em seu enredo.

A franquia já vinha passando por modificações desde a sua última versão e quando os produtores a reiniciaram em 2006, com Casino Royale, ela já estava indo por uma direção que não era tanto sobre política ou espionagem, mas sobre caráter.

Daniel Craig como James Bond em 007 - Sem Tempo Para Morrer
Daniel Craig como James Bond em 007 – Sem Tempo Para Morrer (Divulgação/ MGM)

Isso fez com que a história se desviasse do romance original, de Ian Fleming, como foi escrito após o fim da Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria. Bond surgiu então como um espião britânico do século 20 que prometeu proteger a Rainha e o País.

A Rainha definitivamente ajudou a moldar o personagem com seu longo reinado de 70 anos, impondo seus valores na monarquia e no modo de pensar das pessoas.

Mas a partir de agora, 007 estará servindo a um rei que está ascendendo ao trono em meio a controvérsias sobre se a família real merece um papel global no século 21.

A morte da rainha está colocando à prova a lealdade dos britânicos e dos povos dos antigos territórios do Império.

O patriotismo sempre foi um símbolo da monarquia, e o agente 007 também foi uma contribuição nacional para esses valores, ainda que disfarçada na narrativa, já que a arte acompanha os acontecimentos da vida real.

A Grã-Bretanha precisará disso agora mais do que nunca, e há uma grande chance de influenciar como o próximo James Bond será abordado, desde a escalação do novo protagonista até a próxima grande história do personagem.

Daniel Craig como James Bond (Reprodução)
Daniel Craig como James Bond (Reprodução)

Se de alguma forma, Bond sobreviveu por sua capacidade de adaptação, as coisas não serão diferentes com o próximo Bond.

Ele terá que abraçar Charles III como o novo rei e a atual ordem mundial, e é provável que precise levar outras situações em conta, como a guerra da Rússia contra a Ucrânia e as tensões que estão acontecendo entre China e Taiwan.

Honrar o passado também pode significar reinventar Bond, tornando-se um personagem distinto de seus antecessores, mantendo e promovendo as raízes do Reino Unido e a versão original de Ian Fleming.

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