O falecimento da rainha Elizabeth II mudou muitas coisas no Reino Unido e pode causar impacto até mesmo na própria trama do novo filme do James Bond, principalmente se o filme for abordar questões políticas em seu enredo.
A franquia já vinha passando por modificações desde a sua última versão e quando os produtores a reiniciaram em 2006, com Casino Royale, ela já estava indo por uma direção que não era tanto sobre política ou espionagem, mas sobre caráter.
Isso fez com que a história se desviasse do romance original, de Ian Fleming, como foi escrito após o fim da Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria. Bond surgiu então como um espião britânico do século 20 que prometeu proteger a Rainha e o País.
A Rainha definitivamente ajudou a moldar o personagem com seu longo reinado de 70 anos, impondo seus valores na monarquia e no modo de pensar das pessoas.
Mas a partir de agora, 007 estará servindo a um rei que está ascendendo ao trono em meio a controvérsias sobre se a família real merece um papel global no século 21.
A morte da rainha está colocando à prova a lealdade dos britânicos e dos povos dos antigos territórios do Império.
O patriotismo sempre foi um símbolo da monarquia, e o agente 007 também foi uma contribuição nacional para esses valores, ainda que disfarçada na narrativa, já que a arte acompanha os acontecimentos da vida real.
A Grã-Bretanha precisará disso agora mais do que nunca, e há uma grande chance de influenciar como o próximo James Bond será abordado, desde a escalação do novo protagonista até a próxima grande história do personagem.

Se de alguma forma, Bond sobreviveu por sua capacidade de adaptação, as coisas não serão diferentes com o próximo Bond.
Ele terá que abraçar Charles III como o novo rei e a atual ordem mundial, e é provável que precise levar outras situações em conta, como a guerra da Rússia contra a Ucrânia e as tensões que estão acontecendo entre China e Taiwan.
Honrar o passado também pode significar reinventar Bond, tornando-se um personagem distinto de seus antecessores, mantendo e promovendo as raízes do Reino Unido e a versão original de Ian Fleming.
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Um Psicólogo que estuda Medicina, ensina inglês, toca piano, ama escrever e tem um gato. Atuo como redator especializado em assuntos da cultura pop como filmes, séries de TV e streaming, animes e variedades relacionadas.