Em uma entrevista para o Wall Street Journal, Jennifer Aniston, conhecida por interpretar Rachel Green em Friends, compartilhou sua perspectiva sobre a “cultura do cancelamento”.
A atriz comentou o quanto está “cansada” da cultura do cancelamento, como também mostrou preocupação após emitir sua opinião.
“Estou tão cansada da cultura do cancelamento. Provavelmente acabei de ser cancelada por dizer isso. Só não entendo o que isso significa… Não há redenção? Não sei. Eu não coloco todo mundo na cesta de Harvey Weinstein”.
A referência a Harvey Weinstein, um dos fundadores da Miramax, se deve pelas acusações de assédio sexual que recebeu, o que deu início à campanha #MeToo.
Logo outros homens começaram a receber acusações semelhantes, o que ficou conhecido como o “efeito Weinstein”.
O que é a cultura do cancelamento?
A cultura do cancelamento se define pela “prática ou tendência de se envolver alguém em cancelamentos em massa como forma de expressar desaprovação e exercer pressão social”.
Nas redes sociais, quando alguma figura pública faz algo visto como desaprovador, grupos se unem para que essa pessoa seja “colocada na geladeira”, retirada de algum programa ou filme, seja demitida ou banida de uma rede social.
A cultura do cancelamento gera uma “cicatriz” na vida da pessoa envolvida em uma polêmica, e o público dificilmente aceita dar uma segunda chance para o cancelado.
Outros atores se mostram contra a cultura do cancelamento
De acordo como o The Hollywood Reporter, entre os artistas que já criticaram a “cultura do cancelamento estão Lizzo, Chris Rock, Goldie Hawn, Molly Ringwald e Cate Blanchett.
O comediante Jerrod Carmichael disse para o THR: “Cancelamento, isso não é real. O bicho-papão não existe. Temos que superar isso. Tipo, se você fizer algo errado em sua vida pessoal, deveria ir para a cadeia. Tipo, prisão de verdade. Acho que é apenas para dar às pessoas chatas algo interessante para falar, como um vilão fantasma”.
Rowan Atkinson, o Mister Bean, também compartilhou sua opinião sobre a cultura do cancelamento em uma entrevista para o Irish Times.
“Existem muitas pessoas extremamente presunçosas e satisfeitas consigo mesmas no que seria considerado inferior na sociedade, que também merecem ser destacadas. Em uma sociedade livre adequada, você deveria ter permissão para fazer piadas sobre absolutamente qualquer coisa. Nem todas as piadas são para todos”, declarou o comediante.
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Formado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.
