O famoso compositor Hans Zimmer, conhecido por seu trabalho em trilhas sonoras de vários filmes, deu uma entrevista a Zane Lowe da Apple Music 1 e comentou como foi que se envolveu nos trabalhos do filme Interestelar, de Christopher Nolan, lançado em 2014.
Zimmer deu a entender que seu envolvimento parece ter sido uma parte integrante da criação do próprio filme em si, detalhando sua interação com Nolan durante uma festa, quando o diretor levou a ele a ideia para o projeto.
O compositor disse que ouviu de Nolan:
“Eu tenho essa ideia. Se eu fosse enviar a você uma carta com uma história. É sobre um filme, mas eu não vou te dizer sobre o que o filme é, nem a história na carta vai te dizer sobre o que o filme é, você vai me dar um dia e escrever o que vier para você?”
Zimmer, então, aceitou o desafio e, posteriormente, recebeu uma nota do próprio Nolan com o objetivo de orientar seu trabalho.
Ele disse que a nota era “bastante pessoal”, mas buscou uma conexão pessoal para realizar o trabalho de composição da trilha sonora.
“Foi muito pessoal, e a história em si era sobre um pai e um filho e o relacionamento, ou o que significa ser pai. Quero dizer, há uma fala nele que diz que assim que seu filho nasce, você nunca se olha com os próprios olhos. Sempre se olha com os olhos do seu filho.”
Assim, depois de refletir, ele entendeu que esse conceito o levou a considerar seu próprio relacionamento com seu próprio filho, o que o ajudou a compor o que ele chamou de “uma peça minúscula e frágil”.
Depois de finalizado, Zimmer contatou Nolan para finalmente poder ouvir o trabalho e tocou a peça para o diretor.
Segundo ele, Nolan ficou tão encantado com o que ouviu que começou a elogiar tanto e a insistir que era, de fato, melhor fazer o filme.
No entanto, os sentimentos de Zimmer mudaram depois que Nolan explicou completamente o conceito do épico de ficção científica intenso e elevado, e ele começou a desacreditar de seu próprio trabalho.
Ele achava que a trilha sonora era “minúscula” diante das “proporções épicas” do enredo.
“Pare, pare. Aguente firme. Você está falando sobre essa coisa de proporções épicas, e eu dei a você essa coisa minúscula, minúscula e frágil.”
No entanto, os sentimentos do diretor eram totalmente diferentes. Ele sentiu que foi exatamente essa “coisa minúscula” que o levou ao coração do filme que ele nem havia feito ainda.
“Agora eu sei onde está o cerne da história”, teria dito Nolan, explicando que a música deve trazer o cerne do filme à superfície.
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Um Psicólogo que estuda Medicina, ensina inglês, toca piano, ama escrever e tem um gato. Atuo como redator especializado em assuntos da cultura pop como filmes, séries de TV e streaming, animes e variedades relacionadas.
