Golpista que se passava por poderosas de Hollywood pode pegar 20 anos de prisão

Indonésio diz que é vítima de conspiração do governo americano

Um homem que se passou por grandes empresários da indústria cinematográfica pode pegar até 20 anos de prisão nos Estados Unidos. Hargobind Tahilramani, de 42 anos, ficou conhecido como a Rainha Golpista de Hollywood depois de enganar mais de 300 vítimas.

Segundo o jornal The Times, o homem estava aplicando golpes em pessoas interessadas em entrar para o universo do cinema desde 2013, e com isso tendo faturado cerca de 1 milhão de dólares (aproximadamente 5,24 milhões de reais).

Ele foi preso em novembro de 2020 em um homem em Manchester, no Reino Unido depois de ser investigado por mais de um ano pelo FBI.

O homem natural da Indonésia fazia promessas de trabalho para pessoas (profissionais como figurinista, maquiadores, fotógrafos e roteiristas) em troca de milhares de dólares que segundo ele cobririam despesas com passagens e hospedagem quando ele estivesse em países da Ásia, garantindo para as vítimas que os valores seriam reembolsados.

Ele inclusive não fazia isso como ele próprio, e fingia se passar por pessoas importantes de Hollywood, geralmente mulheres, como Amy Pascal (diretora executiva de filmes da Sony), Kathleen Kennedy (Produtora da franquia Star Wars), e Megan Ellison (ex-diretora geral da Paramount Pictures). A comunicação era feita sempre através de mensagens de texto, ligações, e e-mails.

Hargobind falava para suas vítimas que elas iriam se reunir com executivos de Hollywood, e levadas em projetos de pesquisa para entender o modus-operandi das produções. Ele chegou a dizer para um dos atores que estava ludibriando, que ele faria um teste de elenco para um grande filme produzido por Christopher Nolan.

Mas a história chegou mesmo às autoridades quando as pessoas enganadas começaram a entrar em contato diretamente com os estúdios de Hollywood pedindo seu dinheiro de volta. Isso chamou a atenção de diversos executivos que chegaram a contratar detetives particulares para chegar até a identidade do criminoso.

O FBI acabou se envolvendo em 2019, e no processo que conta com pelo menos oito acusações, o homem precisará ser extraditado para os Estados Unidos, e responder por roubo de identidade e fraude eletrônica, e conspiração.

Tahilramani, que está preso em Londres, disse numa audiência na última quarta-feira(21), que todas as acusações feitas contra ele fazem parte de uma conspiração do governo norte-americano, e que não quer voltar para Indonésia por medo da reação de sua família pelo fato de ele ser gay.

“Quando eu era mais jovem, provavelmente com 12 ou 13 anos, minha mãe era mais próxima de mim. Descobri que era gay. Ela me informou que eu teria que me casar um dia. Foi a primeira vez que fui desonesto. Desde então, tive que colocar uma máscara. Esta máscara me seguiu por toda a minha vida adulta”, disse ele segundo o Daily Mail.

Ele também chegou a dizer que estudou comunicação empresarial na Califórnia no ano 2000, mas não concluiu o curso por ter plagiado um trabalho, e ser expulso da faculdade. Ao ser questionado o motivo pelo qual fez isso, ele alegou que queria atenção.

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