Enola Holmes 2 é baseado em fatos reais?

Apesar de Enola ser uma personagens fictícia, suas aventuras tem várias conexões com o mundo real

ATENÇÃO! O TEXTO CONTÉM SPOILERS!

Enola Homes é uma personagem baseada nos livros de Nancy Springer. Apesar do teor fictício, existem muitos pontos das histórias da jovem detetive que parecem bem reais.

O filme Enola Holmes 2, que estreou recentemente na Netflix, mostra o primeiro caso oficial da irmã de Sherlcok Holmes como detetive, no qual ela tem que investigar o desaparecimento de uma garota.

A investigação leva a Enola para uma trama de corrupção e péssimas condições de trabalho que estão levando jovens trabalhadoras de uma fábrica de fósforo a morte. O que culmina em uma grande revolta de trabalhadoras contra empresários.

O filme é baseado em uma história real?

Millie Bobby Brown e Henry Cavill em cena de Enola Holmes 2
Millie Bobby Brown e Henry Cavill em cena de Enola Holmes 2 (Reprodução / Netflix)

A história de Enola Holmes 2 acontece em Londres na década de 1880, e a investigação que a protagonista se envolve é baseado em uma fatos reais, mais precisamente sobre uma greve de trabalhadoras que ocorreu na Inglaterra vitoriana.

O mistério começa quando uma menina chamada Bessie pede a ajuda de Enola para encontrar sua irmã mais velha, Sarah Chapman, que desapareceu após ser acusada de roubar as páginas de um livro da fábrica de fósforos em que trabalha, a Bryant & May,

A maioria das trabalhadoras da fábrica são mulheres jovens, e várias delas estão morrendo supostamente devido da propagação de uma doença chamada tifo. No entanto, este caso se transforma em uma conspiração maior que envolve até o próprio Sherlock Holmes.

Na verdade, não é o tifo que está matando as trabalhadoras da fábrica, mas um novo componente usado na fabricação dos palitos de fósforos.

Os papéis que Sarah roubou são registros de todas as trabalhadoras que morreram devido a isso, e ela pretendia revelar as condições de trabalho ilegalmente precárias ao público e assim obter justiça para as vítimas.

No final do filme, infelizmente, as provas não são divulgadas, mas Sarah e Enola voltam à fábrica e incitam uma greve. O filme termina com todas as jovens deixando seu local de trabalho e iniciando uma greve.

A Greve das Matchgirls

Hannah Dodd como Sarah Chapman em Enola Holmes 2 (Reprodução / Netflix)
Hannah Dodd como Sarah Chapman em Enola Holmes 2 (Reprodução / Netflix)

Ao prestar atenção em algumas cenas, pode-se perceber fotos da mulheres reais que fizeram parte da Greve das Matchgirls. Embora o enredo não corresponda com precisão aos eventos da greve real, Sarah Chapman foi uma pessoa real, e o filme é baseado na greve que aconteceu em 1888.

A greve envolveu mais de mil mulheres e meninas que trabalhavam na fábrica Bryant & May, em Londres. Elas entraram em greve para protestar contra as condições de trabalho precárias, que incluíam jornadas de trabalho de 14 horas e salários extremamente baixos.

Nesta época, Sarah Chapman, que tinha 19 anos e trabalhava na fábrica com sua irmã e mãe, se juntou ao comitê de greve para reduzir a desigualdade entre suas colegas de trabalho. Chapman foi uma peça importante na melhoria dos direitos dos trabalhadores.

A Greve das Matchgirls durou várias semanas até que os executivos da Bryant & May finalmente cederam à pressão das grevistas e do público, e as condições de trabalho foram melhoradas.

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