Diversidade em Grey’s Anatomy envergonha Shonda Rhimes; entenda

Shonda Rhimes revelou, recentemente, que o reconhecimento pela inclusão de personagens diversificados em em Grey’s Anatomy a deixa com vergonha do resto dos programas de televisão.

Em uma entrevista que concedeu à Variety, Rhimes explicou que todos os elogios feitos ao show por sua diversidade é recebido com um sabor agridoce, uma vez que significa que há inúmeros outros programas que ainda estão falhando nessa área.

Bailey Miranda (Chandra Wilson) em Grey's Anatomy (Reprodução)
Bailey Miranda (Chandra Wilson) em Grey’s Anatomy (Reprodução)

Sobre o legado duradouro da série, ela diz: “Infelizmente, acho que o legado pode simplesmente ser o de que tornamos possível que mais pessoas negras tivessem empregos diante das câmeras da televisão.”

Embora isso seja uma grandiosa conquista, a criadora do show deixa claro que a façanha “a deixa com vergonha da televisão”.

O programa já foi amplamente elogiado por sua diversidade e representatividade. Mulheres, minorias raciais e atores e personagens LGBTQ+ compõem uma grande parte do elenco e frequentemente ocupam posições de poder, colocando o show acima da maioria dos outros programas, principalmente se for considerar o período de sua estreia em 2005.

O elenco não apenas apresenta uma gama diversificada de personagens, mas Grey’s Anatomy também foi elogiada pela maneira genuína e realista como retratou esses personagens e as histórias socialmente conscientes em que eles aparecem.

Callie (Sara Ramirez) em Grey's Anatomy: (Reprodução)
Callie (Sara Ramirez) em Grey’s Anatomy: (Reprodução)

Rhimes revelou ainda que ela acredita que já era a hora de acontecerem essas coisas e explicou:

“Nós mudamos os rostos que você vê na televisão. E não deveria ter demorado tanto para que isso acontecesse “.

Independentemente de qualquer coisa, Grey’s Anatomy foi e ainda é uma das séries pioneiras nessa área, sendo a primeira de todas a colocar ER Fightmaster, o primeiro ator não binário, como um médico na televisão.

Embora ainda seja bem lamentável, nos mais variados aspectos, que um programa que representa adequadamente pessoas de várias raças, gêneros e orientações sexuais precise ser celebrado, os saltos que Grey’s Anatomy deu a esse respeito merecem ser celebrados.

A televisão hoje já é mais representativa e diversa do que nunca na história e, embora Rhimes provavelmente concordasse que ainda há um longo caminho a percorrer e muito trabalho a ser feito, o progresso continua avançando.

Sendo assim, tanto Shonda Rhimes, quanto toda a sua equipe e o elenco da série merecem reconhecimento pelos seus papeis nesse processo de evolução da dramaturgia não só dos Estados Unidos, mas de várias partes do mundo.

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