Diretores de Mare of Easttown revelam que trabalho da câmera foi mais importante que dos atores

O diretor de Mare of Easttown, Craig Zobel, assim como o diretor de fotografia da série, Ben Richardson revelaram para a revista Variety quais eram suas prioridades construindo a produção.

Tendo cuidado em preservar a trajetória emocional da personagem principal, Mare (Kate Winslet), Richardson detalha uma cena em que eles chegaram a mudar a luz ambiente seis vezes.

“Não queríamos ir para extremos como algo realmente pesado e sombrio ou claro e brilhante, mas queríamos aquela leveza nos momentos em que ela estava tendo certas experiências e um tom cinzento quando ela ainda não estava disposta a se envolver – ou ainda não era capaz de se envolver ”, afirma.

Para eles o que mais importa é o respeito pela atuação dos astros e estrelas da série. Sendo assim, a preocupação com o tipo de corte ou filmagem das cenas fica à serviço dos artistas e não o contrário.

“Era mais sobre ter certeza de que tínhamos tomadas que não seriam tão complicadas a ponto de perdermos a performance emocional porque estava fora de foco ou havia algum tipo de movimento do carrinho. Era tudo uma questão de ter cuidado com o desempenho”, afirma Zobel.

Richardson acrescenta: “De muitas maneiras, para o público, o papel da câmera é apenas guiá-los quando eles precisam ser guiados, mas se eles não precisarem, é apenas dar-lhes espaço para voltar ou acelerar e sentir o que está acontecendo. ”

Os diretores também contaram que não tiveram muito tempo para se reunir e conversar sobre o projeto antes que ele começasse a ser filmado. Mas garantiram que os dois soubessem o que seria um bom close-up para cada um.

Mare of Easttown aborda uma história policial, mas também narra a trajetória de uma mãe enlutada. Por este motivo, Zobel classifica a série como humanista e garante que produções assim exigem certa complexidade visual.

Mare Sheehan (Kate Winslet) em Mare of Eeasttown (Divulgação)1
Mare Sheehan (Kate Winslet) em Mare of Eeasttown (Divulgação)

A série tinha muitas cenas em diferentes locações e muito momentos de conversa entre dois personagens, por isso a preocupação era em mostrar o trabalho dos atores, enquanto garantiam as partes mais relacionadas à ação. Por este motivo, Zobel garante que os dois diretores precisavam estar em muita sintonia para garantir o ritmo da narrativa.

Porém, com o COVID 19 a dinâmica do trabalho em dupla precisou ser readaptada.

“Craig e eu não nos vimos por meses de filmagem; estávamos sentados separados, nos comunicando por fones de ouvido ”, diz Richardson.

A pandemia também fez com que eles repensassem a iluminação de alguns episódios, porque a equipe precisou ser alocada em sets menores.

“Naquele ponto, eu estava incrivelmente grato por Craig e eu termos o atalho para podermos continuar a estética que estávamos construindo trabalhando à distância”, conclui Richardson.

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