Criador de Clube do Terror revela censura na série

Nickelodeon estava preocupada que o público replicasse cercas ações dos personagens

Clube do Terror (Are You Afraid of the Dark?) foi uma das séries mais famosas dos anos  1990. Um grupo de jovens se reúnem para contar as histórias mais macabras com os seres mais aterrorizantes.

A Nickelodeon nunca teve problemas com os conteúdos da série, por mais assustadores que fossem. Contudo, há um censura surpreendente dentro da série, e é relacionado à fogueira que os jovens se reúnem em volta para contar histórias.

O criador da série, D. J. McHale, revelou a única restrição que a Nickelodeon colocou no programa, que é mostrar alguém ascendendo a fogueira. Quando o episódio começa, a fogueira já está acesa.

Segundo McHale, em uma entrevista para o Horror 4Kids do Bloody Disgusting, a Nickelodeon não queria colocar os atores acendendo a fogueira por medo de que o público replicasse a cena e acabasse causando algum acidente como fogo.

“Resposta curta é: não. É notável, tínhamos carta branca. Eu me considero uma pessoa responsável e por isso editamos as coisas, sabíamos até onde poderíamos ir. Às vezes, talvez íamos um pouco mais longe do que isso, e a Nickelodeon confiava em nós implicitamente. Os únicos comentários que recebemos deles não tinham nada a fazer com as coisas assustadoras”, disse McHale.

“Como qualquer programa, eles estão preocupados com o comportamento capazes de imitar, eles não querem mostrar uma criança fazendo algo que alguém vai fazer em casa e dizer: ‘Aprendi isso na Nickelodeon e é por isso que eu eliminei minha família’. Você nunca os viu acender a fogueira. Você nunca os viu riscar um fósforo e acender a fogueira porque não queriam crianças brincando com fósforos”.

Conceitos que evitaram

Kyle Strauts é o Homem das Sombras em Clube do Terror (Reprodução)
Kyle Strauts é o Homem das Sombras em Clube do Terror (Reprodução)

D. J. McHale também revelou que se afastaram de conceitos satânicos, que poderiam gerar repercussão negativa entre as famílias que assistiam ao programa.

“Não foi tanto uma resistência, foi apenas um pequeno suspiro que eu senti, onde eles estavam começando a se preocupar que as pessoas pudessem recuar e temer que houvesse adoração ao Diabo acontecendo no programa ou magia negra, o voodoo, então tivemos que ser um pouco cuidadosos”.

“Pessoas realmente religiosas não gostam desse tipo de coisa, mas eu diria, quando elas dissessem: ‘Isso é um demônio?’ e eu responderia: ‘Não, não, é apenas mágica’. Magia é uma palavra tão feliz. ‘Ah, é mágica!’ E a verdadeira resposta foi: ‘Sim, era um demônio e eles não estão tramando nada de bom’. Mas o fato de eu ter dito: ‘Ah, não, é mágico’, nós nos safamos dessa maneira”, finalizou.

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