A Mulher na Janela passou por perrengue para chegar na Netflix

Com menos de uma semana de estreia, o suspense A Mulher na Janela já se tornou um dos títulos mais assistidos da Netflix. Quem vê agora seu sucesso nem imagina a difícil jornada que a produção passou para chegar até aqui.

A história do filme começou ainda como o livro de mesmo nome, escrito por A.J. Finn, lançado no início de 2018, que conta a história da psicóloga que sofre de agorafobia, Anna Fox, que trancada em casa acaba por testemunhar um crime de sua janela.

A obra fez um sucesso tão grande que apenas três meses depois de seu lançamento já foi houve interesse em transformá-lo em filme e foi anunciado que seria feita uma adaptação sob direção de Joe Wright, trazendo Amy Adams, como Anna.

O filme então foi filmado, de agosto a outubro de 2018 com o acréscimo de Julianne Moore e Gary Oldman trazendo ainda mais brilho para o elenco.

O longa já tinha até data de estreia agendada para 4 de outubro de 2019, quando ao passar por um teste de público teve uma péssima resposta, com os participantes do teste afirmando que não tinham entendido bem a trama e teve seu lançamento adiado.

Numa tentativa de consertar o problema no enredo, Scott Rudin, o produtor de A Mulher na Janela, resolveu adicionar Tony Gilroy, como roteirista, para que ele trabalhasse em cima do roteiro feito por Tracy Letts, dando mais clareza a trama.

Enquanto Gilroy tentava “consertar” o roteiro, o autor do livro do qual o filme foi adaptado, Daniel Mallory, verdadeiro nome de A.J. Finn, que era apenas um pseudônimo, foi alvo de um escândalo iniciado com uma reportagem da revista New York.

A matéria da revista apontava Mallory como um mentiroso compulsivo, que chegou ao absurdo de inventar que tinha um tumor no cérebro. De seu lado o escritor se defendeu alegando que era bipolar e as mentiras eram um efeito de sua doença.

Amy Adams e Julianne Moore em A Mulher na Janela (Reprodução)

E as acusações não pararam nas mentiras de Mallory, ele também foi acusado de ter plagiado seu livro do filme Copycat – A Vida Imita a Morte, estrelado por Sigourney Weaver, em 1995.

A editora responsável pela publicação de A Mulher na Janela, HarperCollins, discordou das acusações de plágio e ficou do lado do escritor no escândalo.

Polêmicas com Mallory a parte, o filme, que estava em meio a um processo de aquisição da Fox para a Disney, acabou tendo seu lançamento adiado mais uma vez, para que fosse reeditado e tivesse tempo para produzir mais cinco dias de filmagens.

A nova data de estreia casualmente caiu bem em maio de 2020, quando a pandemia do Coronavírus parou o mundo, o que ocasionou o cancelamento não só da estreia, mas da ida do filme as telas dos cinemas.

Quando tudo parecia perdido, mais uma reviravolta na difícil jornada de A Mulher na Janela acabou melhorando um pouco as coisas, a Netflix se interessou pelo longa e acabou fazendo sua aquisição em agosto de 2020, quando anunciou o lançamento para 2021 em seu catálogo.

Enfim parecia que a sorte ruim de A Mulher na Janela parecia ter terminado, porém, antes que o filme tivesse oportunidade de estrear sem maiores problemas, um novo escândalo o afetou.

Dessa vez foi o produtor Scott Rudin, que foi alvo de polêmicas acusações de agressão e assédio moral, noticiadas em uma reportagem da The Hollywood Reporter.

Apesar de todos seus percalços, A Mulher na Janela estreou na última sexta-feira, 14 de maio, no catálogo da Netflix e apesar de suas péssima avaliação de apenas 26% de aprovação no Rotten Tomatoes, tem apresenta bons números de visualizações até agora.

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