Humberto Carrão levou bastante a sério a função de encarnar Caco Barcelos da série Rota 66 – A Polícia que Mata, tanto que chegou a preocupar o jornalista ao acompanhá-lo na investigação de um caso real de violência policial.
Enquanto se preparava para o papel, o ator resolveu fazer o que os artistas chamam de laboratório, que é a pesquisa feita para a construção do personagem, subindo o morro e participando de um dia de trabalho do chefe do Profissão Repórter.
Carrão acompanhou o jornalista no Complexo do Salgueiro, no Rio de Janeiro, enquanto ele estava trabalhando em um possível caso de violência policial no local.
O protagonista da série do Globoplay deixou Caco Barcelos bastante preocupado, ao realmente encarnar o repórter investigativo para conhecer a realidade das vítimas da violência policial, ajudando na investigação, o que aos olhos do jornalista, o colocou em perigo.
“Fiquei muito preocupado. A gente vai à rua e, em uma situação como se está hoje, tem uma sociedade com presença miliciana. Nós, do Profissão Repórter, vivemos muito preocupados com isso, a segurança da equipe”.
“E junto com o Humberto, minha única conversa foi uma preocupação recíproca porque estávamos em uma situação de alto risco, mas ele se comportou como um repórter”, Caco Barcelos contou durante uma coletiva de imprensa da série.

Ele também relembrou um momento que ficou bastante apreensivo ao perder o ator de vista durante a investigação no morro.
“Uma situação tensa aconteceu e pensei: ‘Onde está o Humberto?’. Ele estava conversando com as mães que tinham perdido seus filhos, levantando informação e, em alguns momentos, cochichou comigo: ‘Tem mais duas mães ali em uma situação idêntica à que nós estamos procurando’”.
“Já colocou como nós, envolvido na história que eu estava indo atrás para o programa, apontando os projéteis [de bala] no chão”, ele salientou.
Também presente na coletiva, Carrão admitiu sua ousadia em se colocar como um membro da equipe de Caco Barcelos.
“E abusado, né? Realmente, teve uma hora que eu estava participando, cochichei com o Caco. Começou um burburinho em volta, as pessoas não queriam dizer muito o que era”, ele acrescentou.

Ele também destacou que apesar de não ter sido uma experiência muito fácil de viver, acompanhar o jornalista em uma investigação real e ver pessoalmente o desenrolar da investigação foi fundamental para compor seu personagem.
“É muito duro, complexo e, ao mesmo tempo, muito triste, violento e era o que o personagem não tinha visto, não conseguia ver. Estava do lado do Caco de verdade vendo. A gente estava ali vendo os projéteis, as mães desesperadas, a comunidade desesperada. Foi muito duro”, ele concluiu.
Os quatro primeiros episódios de Rota 66 – A Polícia Que Mata já estão disponíveis no Globoplay, novos episódios serão adicionados em dupla semanalmente.
Fonte: Notícias da TV
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.