Joss Whedon rebateu as críticas contra o filme Liga da Justiça em uma nova entrevista para o New York Magazine. O cineasta também se defendeu das acusações da assédio moral e comportamento abusivo e saiu metralhando para tudo que é lado, inclusive contra o elenco do filme da DC.
A matéria da revista recordou quando Ray Fisher, ator que interpretou o Ciborgue, compartilhou em suas redes sociais sobre os comportamentos abusivos e autoritários do diretor no set, o que gerou uma investigação interna na Warner Bros.
Whedon explicou que as acusações de Fisher não eram verdadeiras, e ainda o definiu como um mau ator.
“Nenhuma das acusações [feitas por Fisher] são verdadeiras, ou sequer merecem ser discutidas. Estamos falando sobre uma força maléfica, um ator ruim em todos os sentidos”.
Um dos principais pontos de discórdia foi o papel de Ciborgue no filme. A versão de Snyder de Liga da Justiça estava programada para ser centrada no personagem interpretado por Fisher, enquanto Whedon reduziu significativamente seu papel. Whedon agora explicou seu raciocínio, dizendo que a história do herói: “logicamente não fazia sentido”.
Gal Gadot também afirmou anteriormente que Whedon chegou a ameaçar sua carreira, o que Whedon disse que não fez, dizendo que deve ter havido um mal-entendido, não perdendo a oportunidade de alfinetar a estrela.
“O inglês não é a primeira língua dela, e eu costumo ser irritantemente cheio de floreios em meu discurso”.
Através de uma resposta por e-mail, Gadot disse: “Eu entendi perfeitamente”.
Outro relato aponta que um membro da equipe afirmou que Gal Gadot disse na cara de Whedon que ele não entendia como os filmes de super-heróis funcionavam, apesar de Whedon ter dirigido anteriormente dois filmes dos Vingadores.
Whedon teria dito aos atores que nunca havia trabalhado com “um grupo de pessoas mais rudes”. Os atores, por outro lado, sentiram que Whedon era quem estava sendo rude. Vale lembrar que durante todas as acusações de Ray Fisher, Jason Momoa, que interpreta o Aquaman foi a público pedir que as pessoas acreditassem no colega. “Essa merda tem que parar e devemos olhar para Ray Fischer e todos que experienciaram o que aconteceu sob a vigilância da Warner. […]”
Whedon afirmou ao The New York Magazine que assumir a direção de Liga da Justiça “como um dos maiores arrependimentos de sua vida”.
Entenda a história
Quando Liga da Justiça (2017) estava sendo filmado, Whedon foi chamado para dirigir o filme no lugar de Zack Snyder. Na época um dos motivos da saída de Snyder da direção foi a morte de sua filha adolescente.
Whedon explicou para New York Magazine que foi contratado pela Warner Bros. para “consertar” Liga da Justiça depois do estúdio perder a fé na visão de Snyder. Na época, o estúdio havia dito em um comunicado que Snyder tinha deixado o projeto para passar mais tempo com a família.
Logo depois do lançamento do filme, que foi extremamente criticado pelo público e pelos crítica, uma onda ódio começo sobre Whedon, o que ele comentou na entrevista:
“Não sei quem começou [a suposta campanha difamatória], sei em nome de quem isso foi feito”.
Os fãs que aguardavam ansiosamente Liga da Justiça, ficaram decepcionados com o enredo, e fizeram uma campanha de dois anos chamada ReleaseThe Snyder Cut, para forçar a Warner Bros. a liberar a versão do filme planejada por Zack Snyder.
Assim, quando o lançamento da HBO Max foi anunciado em 2020, foi anunciado também que o filme original da Liga entraria no streaming, com um investimento milionário para que os efeitos ficassem como o cineasta queria. O trabalho fez com que o longa de 4 horas de duração fosse um dos mais assistidos da plataforma.
Buffy
Essa não é a primeira vez que Joss Whedon se envolve em polêmicas. Em 2020, quando surgiram os primeiros indícios do comportamento abusivo de Whedon, atores que trabalharam com ele na série Buffy, a Caça Vampiros também vieram a público relatar os maus tratos.
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Formado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.
