One Night in Miami: Regina King explica relevância de seu filme no contexto negro atual

A COVID-19 modificou a forma como consumimos produtos culturais e fez com o que os cinemas fechassem as suas portas.

Muitas produtoras voltaram ao trabalho com diversas demandas de segurança, e isso torna mais difícil para o setor do cinema, agrega-se aí o fato de que muitos filmes que seriam lançados ano passado foram adiados.

Para o filme One Night In Miami (ainda sem título oficial em português), a espera pelo lançamento só fez com que o mesmo tivesse mais importância.

A diretora Regina King chegou a falar que a história americana está se repetindo, com os últimos acontecimentos marcantes nos Estados Unidos, como a invasão do capitólio, e a forma como os brancos foram tratados pela polícia em comparação com a forma como os negros foram tratados nas manifestações do Black Lives Matter no ano passado.

“Infelizmente, em nossa história, história dos Estados Unidos, as coisas continuam se repetindo. E não exatamente as coisas que queremos repetir. Então sentimos que não importava quando o filme fosse lançado, seria oportuno”.”

“Mas não poderíamos ter previsto que isso aconteceria – ninguém poderia ter previsto que teríamos o ano que tivemos. Queríamos lançar este filme um pouco antes das eleições, mas não fomos capazes de fazer isso e acontece que, quando você fala sobre esses últimos meses… na semana passada deixou claro que sim, estávamos certos desde o começo. Teria sido oportuno, não importa quando fosse lançado. Acho que terá um impacto igualmente forte, se não mais forte agora do que teria feito se pudéssemos lançar em outubro.”

O filme retrata o encontro de Cassius Clay (Muhammad Ali) com Malcom X, interpretado por Kingsley Ben-Adir, Jim Brown e Sam Cooke.

Em 25 de fevereiro de 1964, no Convention Hall em Miami Beach, os quatro homens se encontraram para celebrar a vitória de Clay, que havia derrotado Sonny Liston e se tornado o campeão mundial dos pesos pesados.

Quando o grupo se reúne para uma festa discreta, a mesma se torna uma plenária improvisada sobre política, fama e a obrigação das celebridades negras para com a sua comunidade.

O que você achou? Siga @siteepipoca no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui.

Veja mais ›