Estreando nos cinemas de todo país nesta quinta-feira (14), o filme Medida Provisória, assim como seu diretor, Lázaro Ramos e sua esposa e protagonista, Tais Araújo, tem sido atacado por membros do atual Governo, algo que foi comentado pelo ator.
Durante uma recente participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, para falar sobre o filme e sua carreira, Lázaro Ramos foi abordado pela jornalista Marina Caruso sobre o que ela chamou de cruzada bolsonarista.
Ela citou algumas falas do o ex-secretário de Cultura Mário Frias e ex-presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que atacaram tanto o ator quanto sua esposa publicamente, afirmando que eles não faziam nada pelo país e eram mimizentos.
Ao ser solicitado que comentasse a situação, o astro foi bastante direto e sincero, afirmando que as ações dos representantes do Governo não passam de uma cortina de fumaça para distrair a população dos problemas do país.
“Isso é campanha política que eles estão fazendo para chamar a atenção em cima de nós, que temos relevância, temos público, e isso vai tirar, inclusive, o foco dos problemas do Governo, isso é uma cortina de fumaça, isso não tem nada a ver com a gente. É para as pessoas não debaterem sobre o preço da gasolina, o preço dos alimentos, é para as pessoas não debaterem a crueldade e a falta de valor à vida com que a pandemia foi tratada. É para isso”, ele assegurou.
Ele prosseguiu ressaltando que cada um oferece ao mundo o que tem e que ele lamenta pelas pessoas que vão atrás dessas tentativas de desviar a atenção para os reais problemas.
“Na realidade isso é uma tentativa que eles fazem há muito tempo. Cada um luta com as armas que tem né. E eu acredito muito nas armas que a gente tá lutando, que é ser ético, que é ser correto, que é ser respeitoso, que é ser trabalhador. É isso que a gente tem para oferecer ao mundo. Com relação a isso, quem vai atrás deles, só lamento”, ele concluiu.
O filme
Medida Provisória é ambientado em um futuro distópico, onde sob o pretexto de reparar os danos promovidos aos cidadãos negros nos tempos de escravidão, o governo brasileiro decreta uma medida provisória que obriga os cidadãos negros a “retornarem” para a África.
Um grupo se forma com a liderança do advogado Antônio, sua companheira, a médica Capitu, e seu primo, o jornalista André, e um movimento de luta pelo direito de permanecer no país é iniciado.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.