Lázaro Ramos confessa que não queria dirigir Medida Provisória

Na próxima quinta-feira (14), os cinemas brasileiros vão receber o mais novo lançamento nacional, o drama Medida Provisória, que traz Alfred Enoch e Taís Araújo como protagonistas, vivendo uma história distópica do futuro.

Apesar de ainda não ter chegado aos cinemas, o filme já vem sendo destacado por seu enredo, grande elenco e direção de Lázaro Ramos, que confessou em uma recente participação do programa Altas Horas que, na realidade, ele não queria dirigir a produção.

O ator e diretor iniciou sua conversa com Serginho Groisman relembrando que a primeira vez que ele falou em Medida Provisória foi no programa, dez anos atrás.

“Comecei a falar do filme em 2012 aqui no programa. É um filme que fala de um Brasil no futuro onde um advogado processa o Estado pelo tempo de escravidão. O Estado diz ‘sim, merece alguma reparação’, e a reparação escolhida é mandar todos os negros de volta para a África. Mistura comédia, trilher e drama”, ele explicou.

Na sequência ele admitiu que depois de dirigir a peça teatral Namíbia, Não!, de Aldri Anunciação, ele teve a ideia de fazer uma adaptação cinematográfica, mas não pretendia assumir o papel de diretor, tanto que chegou a oferecer o projeto para outros cineastas.

“Esse filme eu não tinha desejo de dirigir, eu dirigi a peça em 2011 e ofereci (o filme) para outros diretores, porque eu não sabia se eu tinha algo a contribuir no lugar de diretor, porque as vezes isso pode ser somente uma vaidade, você dizer: ‘ah tem uma oportunidade aqui, eu vou ta aí’”, ele explicou.

Taís Araújo e Alfred Enoch em cena de Medida Provisória (Reprodução)
Taís Araújo e Alfred Enoch em cena de Medida Provisória (Reprodução)

Apesar de sua hesitação inicial, ele acabou ficando feliz em comandar o projeto, que ele afirma que o fez perceber que ele não é só um ator, ele é um diretor também e que esse cargo o da oportunidades de defender coisas que como ator ele não conseguiria.

“Descobri com esse filme que também sou diretor e que tem algumas coisas que eu gostaria de defender com o cinema que eu fizer. Como por exemplo representação positiva dos atores e atrizes negros, diversidade de personagem para eles, e isso a gente tem no nosso filme. E acho que mais do que tudo contar histórias que possam contribuir para o mundo ser melhor”, ele salientou.

Ele destacou como a demora para conseguir lançar o filme acabou sendo providencial, porque ele vai estimular a população a pensar no que querem para o país, os ajudando na hora de votar nas eleições.

“Dois anos atrás ele já tava pronto e eu queria mostrar para o país, não conseguimos, mas ele chegou em uma hora que eu acho que é tão importante, nesse ano, que é um ano de fazer um novo pacto, ano eleitoral acho que é sempre isso, é um pacto que a gente vai fazer para o destino do nosso país, o destino da nossa nação. E o filme vem para estimular isso, eu eu sonho com esse filme que a gente assista ele e a gente sonhe com um país que não seja um país de polarizações, que não seja um país de governos perversos, que seja um país de respeito ao povo e a diferença que a gente tem, porque essa é uma luta, inclusive, que não é de uma parte da população, é uma luta que é de todos”, ele ressaltou.

Medida Provisória chega aos cinemas na próxima quinta-feira, 14 de abril.

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