Após a ameaça de processo por violação de direitos autorais contra a série documental Allen v. Farrow, dirigida por Amy Ziering e Kirby Dick, a equipe do documentário contra-ataca.
A Skyhorse Publishing, editora que publicou Apropos of Nothing, livro de Woody Allen, alega que trechos de audiolivros do diretor foram usados sem permissão. Nos áudios reproduzidos é possível encontrar narrações de como Allen conheceu Mia Farrow.
Tony Lions, presidente e editor da Skyhorse Publishing informou que soube de segunda mão que todos os quatro episódios usam longos trechos de seus audiolivros. Os advogados da editora notificaram a HBO sem resposta, o que os fez considerar que a violação foi intencional.
De acordo com Lions, a editora irá tomar medidas legais para reparar seus direitos e do diretor.
Ziering e Dick negam as acusações e afirmam que tudo foi feito dentro do parâmetro legal, de acordo a lei americana chamada Fair Use, que permite o uso não licenciado de obras em circunstâncias específicas.
Na série, que está dando o que falar, Dyan Farrow conta sobre as acusações de incesto que fez contra o cineasta que era casado com sua mãe na infância de Dylan. Allen nega as acusações e diz que os cineastas não lhe deram chance de resposta de forma justa.
Logo depois da estreia espectadores chamaram a atenção para a presença de filmes de Allen na plataforma da HBO Max e pedem a remoção dos filmes no streamer. Apesar da pressão, a HBO Max confirma que os títulos permanecerão na plataforma. Tal medida visa garantir que os telespectadores decidam por si próprios.
Esta é uma discussão antiga: por um lado pode ser coerente o desejo dos telespectadores de remoção dos títulos, por outro a HBO alega que apagar ou censurar trabalhos de autores problemáticos pode levar um impacto negativo ao esforço de colaboradores e profissionais envolvidos no trabalho.
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