Zé do Caixão será revivido por Elijah Wood em duas diferentes produções

O personagem lendário criado pelo brasileiro José Mojica Marins nos anos 60, Zé do Caixão, receberá nova roupagem. Quem deu a notícia foi o site Screendaily, que também informou que duas novas produções pensadas por Elijah Wood serão realizadas por sua empresa, a SpectreVision.

Em um comunicado à imprensa, Wood se abriu sobre o que o levou a investir no ícone dos filmes de terror:

“Zé do Caixão é um bicho-papão icônico e indelével que merece ser reimaginado para nossa cultura contemporânea. Estamos ansiosos para criar um novo filme que captura a arte sombria da criação singular de Marins para nosso mundo moderno.”

Zé do Caixão, ou Coffin Joe, como preferem os gringos, será retratado em um produção mexicana e outra americana. O filme mexicano será dirigido por Lex Ortega e tem roteiro dele com o apoio de Adrian Garcia Bogliano.

A produtora Betina Goldman justificou a decisão de recriar o personagem:

“Faz todo sentido que as novas histórias sejam ambientadas nos EUA – onde os filmes do Zé do Caixão cativaram uma geração de fãs de horror desde a década de 70 quando o personagem foi batizado com seu nome inglês (Coffin Joe) – e no México, onde a mudança do cenário original brasileiro pode criar analogias culturais, ainda assim criando uma nova abordagem cheia de novas possibilidades para o personagem.”

Sobre Zé do Caixão

José Mujica Marins como Zé do Caixão (Divulgação)

O personagem de Marins apareceu pela primeira vez no longa À Meia-Noite Levarei Sua Alma em 1964. Zé do Caixão estrelaria mais nove filmes, além de fazer várias aparições na televisão.

Entre as produções mais conhecidas onde Zé do Caixão é o protagonista estão: Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver, Exorcismo NegroRitual dos Sádicos e Encarnação do Demônio, que foi lançado mais recentemente em 2018.

Porém, o criador do personagem tenebroso estrelaria muitos outros filmes. Um dos clássicos mais criticados da sua cinebiografia está O Despertar da Besta (1970). O longa surpreendeu na época por sua metalinguagem, abordagem explícita da sexualidade dos seus personagens e uso real de drogas durante as gravações.

Além disso, a aparição de cineastas como Glauber Rocha criticando o trabalho de Marins como uma cena do seu próprio filme surpreende. O longa é apenas uma das marcas que José Mojica Marins deixou no cinema brasileiro.

Marins faleceu aos 83 anos de idade de broncopneumonia em 19 de fevereiro de 2020. O cineasta e ator deixou uma filha, a atriz Liz Marins.

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