Netflix pode ter plano com propagandas até o final deste ano

Com o intuito de ser uma assinatura mais barata para tentar recuperar os assinantes perdidos, a nova modalidade incluiria propagandas nos vídeos, similarmente ao YouTube.

Uma versão da Netflix com propagandas pode chegar no mundo todo antes do fim do ano, de acordo com informações recentes.

O The New York Times escreveu uma matéria que diz que os executivos do alto escalão da empresa informaram aos funcionários que uma assinatura de menor valor chegaria no último trimestre deste ano.

Rumores desta nova modalidade, que incluiria propagandas nos filmes e episódios de séries, já circulam há alguns anos, e se fortaleceu depois da queda em assinaturas do streaming neste trimestre.

Aparentemente, uma das abordagens que a plataforma está disposta a tentar para recuperar parte de seus lucros é implementar o novo tipo de conta.

Em declaração recente aos acionistas, os executivos da companhia demonstraram insatisfação com os resultados obtidos nos últimos tempos.

“Nosso crescimento de lucros reduziu consideravelmente, assim como nossos resultados e projeções estão abaixo das expectativas”, disseram.

Parte da ‘culpa’ da queda brusca de assinaturas, segundo eles, seria o compartilhamento de contas ou ‘empréstimo de senhas’ entre usuários da plataforma:

“O streaming está crescendo de forma constante, como nós previmos, e os títulos da Netflix são muito populares no mundo todo. No entanto, a nossa penetração relativamente alta em casas, quando incluindo o grande número de casas dividindo contas, combinado com a competição, está criando um obstáculo para o crescimento dos lucros.”

Plataforma estava esperando reação ao concorrente

Escritório da Netflix em Los Gatos
Escritório da Netflix em Los Gatos (Divulgação/ Netflix)

Spencer Neumann, diretor financeiro da Netflix, participou de uma conferência de tecnologia há cerca de dois meses, e admitiu que a ideia de uma assinatura mais em conta poderia ser levada em consideração no futuro.

Em discurso, ele admitiu que ‘nunca se deve dizer nunca’ e que se as pessoas aprovassem a modalidade com o Disney+, que já implementou algo parecido, o streaming poderia estar levando a ideia adiante:

“Eu adoraria ver se as pessoas gostaram dessa decisão da Disney. Não é como se tivéssemos uma religião contra a publicidade, para ser claro. Nós nos apoiamos na experiência do consumidor, na escolha do consumidor e no que é ótimo para nossos criadores e contadores de histórias. [A publicidade não é] algo que está em nossos planos agora.”

Os planos da Netflix no Brasil estão custando, no momento da criação deste texto, entre R$ 25,90 pelo básico até R$ 55,90 pelo serviço premium, valor mais alto de assinatura do que todas suas competidoras.

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