Tessa Thompson diz que só filmes independentes captam sua verdade

Em Sylvie’s Love Tessa Thompson é a protagonista apaixonada pelo músico Robert Halloway, papel de Nnambi Asomugha. O romance é dirigido por Eugene Ashe e conta com produção executiva de Thompson.

A atriz falou sobre esta produção e o lugar dos filmes independentes em sua carreira durante um painel virtual do Amazon Prime Video para o Deadline Contenders.

Para Tessa, o longa consegue capturar a realidade dos anos 50, onde é ambientado, sem se tornar muito obscuro na sua abordagem.

“Algo que o filme faz muito bem sem ser pesado é a maneira como as ideias de papéis de gênero, como eles estavam mudando naquela época”, disse Thompson.

O filme é centrado no amor entre as pessoas negras e a expressão artística da população afro-americana.

O universo do jazz, da gravadora Motown e do cinema ao estilo Doris Day dos anos 1950 e 1960 não é apenas pano de fundo para a história de Sylvie, mas uma parte fundamental da narrativa.

Para ser possível realizar um filme que abordasse esses assuntos, Thompson precisou realizá-lo fora dos grandes estúdios.

“Se eu quiser ser capaz de interpretar o tipo de papéis que falam sobre o que eu sei ser de verdade sobre minha própria humanidade – que é em camadas, é complexo e é gradual – eu sinto que só posso fazer isso em filmes independentes. Na verdade, não é uma escolha para mim; necessidade é a mãe da invenção. Temos que defender a nós mesmos e nossas histórias a serem contadas ”.

No longa, o conflito de classes entre Sylvie e Robert também é um ponto focal. A moça faz parte de uma elite negra saída do Harlem, já o rapaz é um membro da classe trabalhadora, idealista e inconveniente para a família dela.

Tessa Thompson em Sylvie’s Love (Reprodução)

Em algum momento seus objetivos no mundo artístico os separam, mas não é o fim para o casal. O problema é ter que enfrentar a distância e as relações que Sylvie estabelece quando os dois estão separados.

As referências para criar o universo apresentado no longa vem de vários dos filmes dos anos 1950 que Thompson precisou assistir enquanto se preparava para o papel.

“Com exceção de Paris Blues, algo que foi notável para mim foi que não havia pessoas de cor em tantos desses filmes. Achei que essa era uma oportunidade de fazer um tipo de filme, um tipo de filme espirituoso se Hollywood estivesse interessada em colocar o foco em alguém como Nnamdi e eu”, afirma a estrela.

Tessa também reconhece que apesar de brilhar em filmes como Thor e em séries como Westworld, os filmes independentes são parte importante da sua formação como atriz. “Tenho uma grande dívida para com o cinema independente”, acrescentou Thompson.

 

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