Por que o Esquadrão Suicida de David Ayer ainda merece uma chance

A adaptação de Esquadrão Suicida de David Ayer ainda é uma experiência inegavelmente confusa mesmo cinco anos depois. Depois de sofrer cortes, refilmagens, reedições e adaptações, o filme foi lançado nos cinemas, criticado pelo público e rapidamente, desenvolveu uma das piores reputações de um filme de super-heróis mainstream, apesar do sucesso financeiro.

De qualquer forma, existem motivos para acreditar que o filme não é tão ruim assim quanto dizem:

O seu elenco

O Esquadrão Suicida reuniu um grupo de atores que é realmente digno de sua galeria de vilões épicos, como é o caso de Margot Robbie como Arlequina, que provou ser nada menos que icônica.

Além disso, a presença de Will Smith em conjunto com Viola Davis, torna o Esquadrão Suicida um filme de quadrinhos de alto orçamento com grandes nomes e um elenco impressionante mesmo que seu próprio material seja fragmentado.

O filme ganhou um Oscar

Uma das críticas mais injustas ao filme é que suas falhas anulam as suas boas qualidades ao ponto de não merecer a vitória que alcançou no Oscar, o que é evidentemente falso.

Sugerir que Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson não ganharam o Oscar de Melhor Maquiagem e Penteado demonstra uma total falta de compreensão nos processos de filmagem.

Independentemente de o público gostar ou não, o filme se destaca nesse aspecto e retrata uma variedade impressionante de estilos de cabelo e tons de pele em vários atores e em várias situações diferentes sem se enrolar com a questão da continuidade.

Arlequina (Margot Robbie) e Coringa (Jared Leto) em Esquadrão Suicida (Reprodução)
Arlequina (Margot Robbie) e Coringa (Jared Leto) em Esquadrão Suicida (Reprodução)

Figurinos

À semelhança do que acontece com cabelo e maquiagem, os figurinos dos artistas que atuam em frente às câmeras dizem muito sobre o filme.

O ritmo acelerado dos eventos significa que o traje de um personagem precisa falar muito por eles e eles podem falar muito alto sobre sua história e personalidade.

Poderia ter sido muito mais fácil trabalhar com um time que estivesse usando uniformes padrão de super-heróis, mas Ayer enfatiza o quanto as roupas podem ser significativas para um indivíduo e como isso gera uma marca e um senso de identidade em quem assiste.

Amanda Waller (Viola Davis) em Esquadrão Suicida (Reprodução)
Amanda Waller (Viola Davis) em Esquadrão Suicida (Reprodução)

Seu verdadeiro vilão e herói

O filme possui um herói e um vilão muito claros. Mesmo estando bem longe do tipo de representatividade encorajadora e progressista que foi aplaudido em Pantera Negra, o Esquadrão Suicida não deixa de ser, em última análise, um filme sobre dois personagens negros que estão tentando progredir em um país representado como sendo completamente controlado por personagens brancos.

Pistoleiro, Amanda Waller e as distâncias que ambos percorrem para atingir seus objetivos, aumentam a ideia central do filme de que a sociedade cria seus próprios vilões.

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