O Último Duelo | Machismo europeu em pauta no novo filme de Ben Affleck

Ben Affleck espera que seu último filme, O Último Duelo, gere “muita catarse e empatia” entre o público. O épico histórico, dirigido por Ridley Scott, estreia na sexta-feira no Festival de Cinema de Veneza.

Em uma coletiva de imprensa, Aflleck compartilhou suas intenções com o novo filme e disse o que espera que o longa desperte:

“É uma [história] que eu esperava que desenvolvesse no espectador um senso de compaixão e a ideia de que podemos olhar um para o outro de uma maneira diferente e com mais empatia, e com o sentido de nos perguntarmos se nossa perspectiva pessoa pode não levar em consideração completamente a realidade, história, cultura e educação da outra pessoa”

O Último Duelo aborda machismo europeu

O Último Duelo se baseia em fatos reais e envolve traição e vingança contra a brutalidade da França do século 14. A história acompanha conflito devido à agressão sexual que Marguerite de Carrouges (Jodie Corner) sofreu de Jacques Le Gris (Adam Driver).

Marguerite é esposa de Jean de Carrouges (Matt Damon) e, agora, o destino dos três depende de um duelo até a morte. O longa conta a trama sob três perspectiva diferentes, sendo as duas primeiras masculina e a terceira contada do ponto de vista da vítima.

Jodie Corner em O Último Duelo
Jodie Corner em O Último Duelo. (Reprodução)

A atriz Jodie Corner disse que, ao fazer o papel, ela queria “ter certeza de que essa mulher estava totalmente desenvolvida e que ela teve essa experiência, mas não foi definida por ela”. Ela ainda afirma que, apesar de mostrar diferentes perspectivas, “no final do filme há apenas uma verdade”.

Sobre a influência do movimento #MeToo em seu desempenho, Corner pontuou:

“Acho que para mim, vindo para esta parte, o senso de dever de cuidar sempre esteve muito presente – acho que muitas mulheres assistirão esse filme que se relaciona com ele [o movimento] de alguma forma”.

E completou que, durante as filmagens, se concentrou apenas em “torná-la o mais verdadeira e autêntica possível”.

Roteiro e Produção

O roteiro tem autoria de Nicole Holofcener, Affleck e Damon. produção foi realizada em parceria de Ben Affleck com Scott, Kevin J. Walsh, Jennifer Foz, Holofcener e Damon.

Sobre a construção do enredo e o desejo de abordar olhar europeu sobre as mulheres, Affleck disse que:

“Foi importante e interessante contar uma história que não fosse apenas uma denúncia de uma pessoa má, mas que apontasse para o antecedente cultural que compartilham na Europa e nos países colonizados por europeus”.

“[Uma cultura] que, por muitos e muitos séculos, não via as mulheres como seres humanos e, de fato, muitos aspectos residuais dessa perspectiva permanecem.”.

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