Netflix vai cobrar por compartilhamento de senhas; como isso vai funcionar?

Empresa já fez testes na França, e começará nova onda de testes na América do Sul

Desde que a Netflix anunciou que poderia começar a cobrar pelo compartilhamento de senha, o assunto gerou controvérsia e discussão na internet.

A empresa anunciou no mês passado que pela primeira vez desde 2011 ela tinha perdido assinantes, o que acabou gerando uma queda brusca no valor das ações do streaming.

Juntando isso com o recente aumento do valor das mensalidades, a plataforma não está bem aos olhos dos consumidores. A dúvida que paira na cabeça de todos os assinantes é: como e quando isso vai começar a acontecer aqui no Brasil?

No ano passado, a Netflix começou a testar na França uma forma de barrar o compartilhamento, o que deixou os usuários revoltados. Todos que compartilhavam senhas começaram a receber mensagens com o texto de alerta “Se você não mora com o proprietário desta conta, precisa de sua própria conta para continuar assistindo”.

Há alguns dias, a empresa disse que começaria um novo teste no Peru, Chile e Costa Rica. Segundo Greg Peters, o diretor de operações da companhia, a ideia não é acabar com o compartilhamento de senhas, mas incorporar uma cobrança extra caso você queira dividir sua senha:

“Se você tem uma irmã, digamos, que mora em outra cidade e você quer usar a Netflix com ela, ótimo, não queremos encerrar esse compartilhamento. Mas vamos pedir que você pague um pouco mais para poder fazer isso com ela e ela vai ter o benefício enquanto a gente recebe a receita associada a essa visualização dela.”

Em reação à manobra, os usuários começaram a campanha #ChaoNetflix (Tchau, Netflix), em que publicaram imagens do cancelamento de suas assinaturas da plataforma.

As adversárias gostaram da decisão: a HBO Max, Prime Video e Apple TV+ usaram suas redes sociais para destacar que não faziam limitação de senha com seus assinantes.

Quando isso começa no Brasil?

Logo Netflix (Reprodução/Netflix)

O início da nova política no território brasileiro vai depender muito dos testes. Depois de três países da América Latina terem entrado para a manobra, há maiores chances de isso acontecer no país.

Se o exemplo dos países vizinhos forem tomados, a cada subconta a mais, o usuário pode pagar cerca de 15 reais adicionais. O valor não deve agradar aos assinantes, já que a plataforma já é conhecida por ter a taxa mais cara entre todos os streamings.

De acordo com declaração da Netflix Brasil à imprensa, “por enquanto o teste está sendo realizado apenas nos três países”. Será que a nova cobrança vai colar com o público brazuca?

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