Margot Robbie compartilhou uma técnica inusitada que usa para encarnar os personagens que interpreta no cinema: ela imagina cada um como um animal.
A atriz participou do The Kelly Clarkson Show e durante um bate-papo com a apresentadora, admitiu que desenvolveu a estratégia porque não tem um treinamento oficial em atuação:
“Essa é uma coisa que eu faço. Eu não fiz faculdade de dramaturgia nem nada assim, então eu não sei se isso é algo que as pessoas aprendem nesses lugares. Na verdade, isso foi algo que eu comecei a fazer quando eu trabalhei em Eu, Tonya. Então, aquela foi a primeira vez.”
De acordo com Margot, ela adotava as características e percepções de certos animais e as aplicava na personagem. Assim, ela conseguia contextualizar os sentimentos dela com suas atitudes de uma maneira mais orgânica:
“Naquele filme, eu era um pitbull, por que as pessoas não entendem eles muito bem. Quando ela colocava os patins de gelo, eu queria sentir os meus pés bem plantados no chão. Eu queria que a personagem sentisse que o mundo estava sobre os ombros dela o tempo todo, porém quando ela estava no gelo, ela era um mustang, um cavalo selvagem na hora de patinar. No fim das contas ela era dois animais diferentes.”
Imaginar animais ajuda a se desligar da rigidez, explica Margot Robbie
Margot interpreta a atriz Nellie LaRoy no filme Babilônia, que será lançado em breve, que retrata a depravação de Hollywood nos anos 1920. Em uma das cenas do filme, a personagem de Margot luta com uma cobra, momento que ela conta ter encarnado um lutador nato com a espécie.
“Na cena da luta com a cobra? Naquilo ali eu era um texugo. Tem vídeos de verdade na internet de texugos lutando com cobras. Eles não são animais enormes como leões, mas eles têm uma pele bem grossa. Nellie luta por qualquer coisa com qualquer pessoa num estalar de dedos.”
De acordo com a atriz, a preparação para um papel envolve muita informação, que pode mais atrapalhar do que ajudar em certos momentos. Quando isso acontece, animais permitem que ela deixe as coisas rolarem sem ficar pensando muito:
“Isso me ajuda bastante, por que você faz um monte de pesquisa e na suas leituras de livros e com esses montes de filmes, você começa a assimilar todos esses fatos sobre as pessoas da época. De vez em quando, a sua cabeça acaba ficando muito cheia de estatísticas, fatos e história, mas se você parar tudo e se imaginar como um animal, aí as coisas se tornam muito mais instintivas.”
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
