Lauren Ridloff interpreta Makkari em Eternos, um dos 10 seres que chegaram na Terra há 7.000 anos no início da civilização para ajudar a humanidade a progredir e protegê-la contra criaturas monstruosas chamadas Deviantes.
Em uma entrevista para a Variety, Ridloff, nascida surda, falou sobre interpretar a primeira heroína surda Marvel, bem como as conversas que teve com a diretora Chloé Zhao e como reagiu à estreia de Eternos no cinema.
Ridloff começou falando sobre como Eternos apresenta um elenco principal diversificado sem precisar de uma história só para falar sobre isso.
“O que eu mais amo em Chloé e neste filme é que há diversidade na tela, sem realmente ter isso se tornado o ponto da história. Apenas isso. É como o mundo real. Acho que foi isso que foi tão emocionante ver, pessoas que eram simplesmente diferentes. Eles têm interesses diferentes, habilidades diferentes”.
A atriz ainda comentou sobre a conversa que teve com Zhao sobre o tipo de linguagem de sinais usar no filme, afinal, não é uma língua universal.
“Sim, com certeza houve aquela discussão com Chloé. Eu sei que muitas pessoas não percebem que a linguagem de sinais não é universal. Cada país tem sua própria forma de linguagem de sinais. Temos a linguagem de sinais americana aqui. Há também a linguagem de sinais britânica e a linguagem de sinais mexicana. Eu poderia conhecer um surdo do Japão e não entendê-lo, porque nossas línguas de sinais são muito diferentes. Então estávamos pensando em Makkari, deveríamos inventar algum tipo de sistema de linguagem de sinais, porque nesta história, começamos no alvorecer da civilização. Mas Chloé disse: ‘Olha, todo mundo está falando inglês [no filme]. Vamos!’ Então decidimos, por que não usar apenas a linguagem de sinais americana? Faz sentido. As pessoas não falam inglês desde o início dos tempos, mas aqui estamos”.
Por fim, Lauren Ridloff contou sua reação ao assistir Eternos pela primeiras no cinema. Ela caiu no choro antes mesmo do filme começar.
“Parecia que era uma vida inteira de espera”, começou ela, pontuando a demora da estreia do filme por conta da pandemia. “Eu realmente não vi ninguém como eu jamais representado na tela”. E acrescentou:
“Lágrimas de alegria! Lágrimas de alegria! Finalmente ver Makkari aparecer na tela – uau. Foi definitivamente uma mudança de vida. E espero que isso tenha o mesmo impacto em diferentes comunidades, pessoas que foram marginalizadas ou estão sub-representadas nesta indústria”.
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Formado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.
