Jamie Lee Curtis abriu o jogo ao falar sobre sua mãe, a falecida atriz Janet Leigh (estrela do filme Psicose) e disse que ela teria ficado muito chateada com o movimento Me Too, que aconteceu há alguns anos quando foram expostos casos de abuso e assédio sexual em Hollywood.
Durante uma entrevista junto com Melanie Griffith, elas falaram sobre suas mães, e sobre suas famílias com fortes origens no entretenimento. Melanie tocou no assunto, sobre a mãe, Tippi Hedren, de 91 anos, ter tido um trabalho turbulento com Alfred Hitchcock.
“Não sei como ele [Alfred] era com sua mãe, mas com a minha ele aparentemente não era muito bom”.
Em seu livro de memória lançado em 2016, Tippi chegou a escrever eu Hitchcock havia assediado-a sexualmente e a atacado na década de 1960.
Já Curtis explicou que sua mãe tinha um comportamento diferente, do tipo que jamais admitiria se alguém tivesse passado dos limites com ela. Segundo a atriz, a mãe confiava cegamente nas pessoas, e tinha um otimismo irreal sobre aqueles à sua volta.
“Esse é um termo ruim, mas ela era meio polonesa sobre a indústria. Acho que o movimento Me Too realmente a teria deixado mal. Não é justo desfazer isso, porque ela está morta, e assim estarei colocando palavras na boca dela, mas conhecendo-a, acho que ela não iria contar que ele se comportou mal, fez ou falou algo. Mas é interessante que talvez nossas mães estivessem competindo uma com a outra”, disse Jamie.
Indo além, a atriz ainda disse que acredita que sua mãe jamais admitiria um assédio, porque seu comportamento era o de estar sempre grata, e que talvez ela pensasse que as coisas eram assim no mercado, e todo mundo precisava se render.
Griffith disse que Hitchcock era “louco psicologicamente” em relação à Tippi Hedren. “Ela fazia parte de movimentos como o Me Too na época, mas isso não era aceito. Ela foi evitada pelos produtores, e ele garantiu que ela fosse rejeitada”.
O movimento Me Too surgiu em Hollywood quando diversas atrizes começaram a denunciar os abusos que teriam sofrido de diretores e produtores, a começar pelo condenado Harvey Weinstein. Isso fez com que outras profissionais perdessem o medo e também passassem a fazer denúncias.
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