Halle Berry tem mais um prêmio para acrescentar à sua coleção. A atriz esteve no Critics Choice Awards no último domingo (13), e recebeu a honra do prêmio SeeHer.
O troféu homenageia mulheres que lutam pela igualdade dos gêneros, e retratam personagens que desafiam os estereótipos machistas, mostram autenticidade e levam as coisas aos limites.
Halle estrelou e produziu o drama Ferida, da Netflix, que conta a história de uma lutadora livre que passa por diversos problemas depois de sair da cadeia. Segundo ela, o papel não era feito para “alguém como ela”, mas que isso não a impediu de tentar:
“Então eu fui até os produtores e disse: ‘Por que não eu? Por que não pode ser uma mulher negra?’, e eles responderam: ‘Por que não?’.”
Ela também falou sobre as críticas que recebeu do filme, de como as cenas violentas dela apanhando no ringue foram consideradas fortes. Ela respondeu com simplicidade, dizendo que se os espectadores foram afetados, essa era a missão do projeto:
“Se você já passou por uma fase difícil, se te fez desconfortável assistir aquela história, imagine ser a mulher vivendo aquela história. Esse é o poder da contação de histórias.”
Halle também deixou claro que muito das dificuldades passadas pela protagonista de Ferida se devem à estrutura machista e racista em que todos estamos inseridos no mundo de hoje. Ela confessou que se sente muito grata de poder fazer parte da mudança, e cada vez ter mais mulheres por trás das câmeras contando suas próprias histórias:
“Você quer saber o que aconteceu de errado e por que não deu certo? Porque não sei se vocês notaram, mas eu não sou um homem branco! Esse é o motivo. Eu sou muito grata de poder estar aqui na frente de vocês e vivendo esse momento onde mulheres podem usar suas vozes e contar as suas próprias histórias. Porque nós iremos escrever, iremos produzir, iremos dirigir, e se nós formos corajosas o suficiente, nós iremos estrelar nos filmes, tudo ao mesmo tempo!”
Filme foi feito para toda mulher
A atriz e diretora deixou uma mensagem emocionante de agradecimento. Ela disse que aquele prêmio pelo filme deve servir como uma mensagem de esperança para mulheres que, assim como ela, achavam que não seriam vistas ou ouvidas, e de como isso pode sim acontecer:
“Nós somos confiantes e somos assustadas. Nós somos vulneráveis e somos fortes. Nós somos lindas e somos feridas. Nós somos tudo isso e ainda mais, e tudo ao mesmo tempo! Para cada menininha que se sente não vista e não ouvida: Essa é a nossa maneira de te dizer, nós amamos você e vemos você. E você merece cada coisa boa deste mundo.”
Ferida está disponível na Netflix.
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
