Guillermo Del Toro há mais de uma década tem um projeto que é a menina dos seus olhos, e ele pode estar pronto para torná-lo realidade.
Em conversa com o podcast The Kingcast, Del Toro revelou que At The Mountains Of Madness foi um dos primeiros projetos que ele mostrou para os executivos da Netflix quando assinou um acordo com a plataforma no ano passado:
“Tenta adivinhar quais foram os primeiros projetos que eu apresentei, cê sabe? Eu fui lá no meu armário e achei O Conde de Monte Cristo e At The Mountains Of Madness. Estes foram alguns dois que eu apresentei primeiro.”
Guillermo também contou que está 100% disposto a produzir o filme para a plataforma, com uma condição. O diretor quer ter a chance de reescrever o roteiro original:
“O roteiro eu coescrevi faz mais ou menos uns quinze anos e não é mais o roteiro que eu faria agora, então eu preciso reescrevê-lo. Não só para diminuir o tamanho dele de alguma forma, mas porque lá atrás eu estava tentando conciliar a escala dele com os elementos que de alguma maneira passaram pelo crivo dos estúdios. Tinha que ser um hit. E eu não acho que preciso conciliar mais isso. Eu posso ser bem mais esotérico, esquisito, uma versão menor onde eu possa voltar para algumas cenas que eu tive que deixar de fora da primeira vez.”
O diretor tem vontade de mudar muitos elementos de seu texto original para a adaptação, mas tem algumas coisas que já estão perfeitas como estão.
Ele disse que não tem intenção de mexer no final da história, que deve continuar como ele visualizou da primeira vez:
“Eu sei que algumas coisas vão ficas. Eu sei que o final que nós temos é um dos mais intrigantes, mais esquisitos, mais perturbadores na minha opinião.”
Filme quase foi produzido há dez anos
A adaptação do romance de H. P. Lovecraft já foi mencionada inúmeras vezes por Del Toro dentre os seus planos de produções futuras. O filme quase viu a luz do dia logo depois de The Hobbit, quando a Universal adquiriu os direitos.
Como contou em entrevista com a Indie Wire em 2017, o filme teria sido estrelado por Tom Cruise e dirigido por Guillermo, mas divergências criativas entre o diretor e os estúdios acabou acabando com os planos:
“Nós achávamos que tínhamos um pacote bom, seguro. Era um orçamento de US$ 150 milhões, o Tom Cruise e o James Cameron iriam produzir, ILM fazendo os efeitos, aqui a arte, esse aqui é o conceito, eu acho que um terror de grande escala seria ótimo… mas havia diferenças de opinião. O estúdio não concordava. O problema era a classificação adulta. Se o filme fosse PG-13 ou dissesse que era PG-13… Eu sou muito caxias, eu podia ter mentido, mas não consegui.”
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
