Pelo segundo ano consecutivo, o Globo de Ouro não contará com uma cerimônia no tapete vermelho, mas dessa vez o evento sofrerá com a mudança inesperada em sua premiação.
Tido como um dos eventos mais importantes para o cinema internacional, o Globo de Ouro sofreu outro duro golpe. Meses após ter seu nome envolvido em uma série de polêmicas, a premiação teve que alterar drasticamente a sua próxima edição.
Programada para acontecer no próximo domingo (09), o Globo de Ouro 2022 não contará com o seu tradicional tapete vermelho, a presença da imprensa ou celebridades e, talvez o mais importante, não realizará a entrega de seus prêmios.
No entanto, a drástica mudança na premiação pouco tem haver com o avanço da variante Ômicron da covid-19, mas sim com a sua imagem manchada. Depois ser alvo de vários boicotes, a premiação já não sustenta a mesma reputação de antes e acabou perdendo o seu espaço na televisão americana.
Após vários setores de Hollywood e grandes nomes do cinema criticarem o evento, o Globo de Ouro perdeu parte da sua credibilidade. E, com a emissora NBC entrando na lista de empresas que se afastaram, a premiação perdeu o seu espaço na televisão americana, que não transmitirá a cerimônia ao vivo.
O motivo por trás do boicote é o fato de, até então, a HFPA (Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood) não contar com nenhum integrante negro. Isso se torna relevante porque a HFPA vem a ser a instituição responsável por escolher os ganhadores da premiação.
Porém, junto ao escândalo, várias denuncias de um histórico sexista e pouco ético também vieram à tona. Com isso, a HFPA prometeu fazer grandes mudanças na premiação, que incluem a troca de astros do cinema por apoiadores de suas atividades filantrópicas, na apresentação do evento.
Porém, a palavra da associação parece não ter tido o efeito esperado e sem a televisão americana, o seu grande carro chefe, a premiação se viu sem alternativas, perdendo a sua cerimônia presencial.
Ainda não se sabe se o novo modelo do evento será mantido nos próximos anos.
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Baiano, mas nascido em São Paulo, sou fascinado pelo cinema e a cultura pop e hoje me dedico à redação do ePipoca.
