Ex-competidoras de Drag Race dão sua opinião sobre versões internacionais do reality

Mais e mais temporadas de RuPaul’s Drag Race são anunciadas mundo afora todo ano e cada vez mais trazem culturas drag diferentes para os fãs do programa.

Recentemente a World of Wonder anunciou o Drag Race França, que receberá data de estreia em breve, e o Drag Race Filipinas está no limbo, e deve receber novas informações em breve.

As duas versões da competição se juntam a Canada’s Drag Race, Drag Race Espanha, Drag Race Holanda, Drag Race Tailândia, Drag Race Oceania, Drag Race Itália e Drag Race UK na lista de competições fora do território estadunidense.

Recentemente também foi produzido Drag Race UK vs The World, onde queens do mundo todo se juntaram em uma versão global do Drag Race All Stars.

Priyanka, vencedora da primeira temporada do Canadá, e Choriza May, espanhola radicada no Reino Unido que participou da terceira temporada da versão britânica do reality, conversaram com o Decider e falaram o que elas acham que torna as versões internacionais tão únicas.

Priyanka disse que sua temporada usou bastante referências canadenses que para o espectador internacional podem ser um tanto quanto confusas. Para a queen, as versões estrangeiras devem manter os elementos mais conhecidos do original para que seja mais facilmente reconhecível pelos fãs:

“Eu acho que a primeira temporada de Canada’s Drag Race foi bem canadense e isso fez ela ser única de verdade. Eu gosto de ver algumas referências aqui e ali, mas às vezes como um espectador internacional você pode ficar facilmente perdido ou perder o interesse. Eu acho que é importante manter elementos chave para mostrar a integridade da marca de RuPaul’s Drag Race e deixar as participantes adicionar os twists que são únicos do país.”

Para Choriza, o que diferencia mesmo as temporadas de outros países são as participantes, que mostram um lado do drag que é específico do país delas. Ela relembrou Drag Race Espanha, considerado pelos fãs um dos melhores spin offs, que teve até mesmo sua apresentadora chorando ao eliminar participantes:

“Eu acho que o que torna cada franquia única não são os desafios, não os twists, mas as queens. Na primeira temporada de Drag Race Espanha, por exemplo, nós tivemos uma temporada bem emocionante onde pessoas desistiram ou simplesmente se recusaram dublar; a gente viu a apresentadora chorando por ter que eliminar algumas das queens. É isso que eu quero ver.”

Participantes Drag Race Espanha (Reprodução)

Aspecto local pode ser trazido em desafios conhecidos, diz queen

Choriza também diz que uma solução para não fugir muito da fórmula é fazer como algumas versões já estão fazendo, que é pegar desafios conhecidos e dar aquele twist nacional.

O Drag Race Espanha fez bastante isso, diz a queen. Além de uma Noite das 1000 Rosalías, cantora pop famosa no país, uma passarela também foi usada com o tema La Veneno, ícone trans no país. Além disso, o desafio de atuação da temporada foi inspirado num célebre programa de tevê nacional:

“Eu também acho que existe um elemento de individualidade nos desafios. Voltando ao Drag Race Espanha, eles tiveram uma passarela dedicada a Rosalía e outra dedicada a La Veneno. Mesmo o desafio de atuação foi inspirado em uma série icônica dos anos 2000 chamada Física o Química. Ao mesmo tempo, Drag Race Itália teve uma passarela inspirada em Raffaella Carrá. É divertido ver as abordagens diferentes aos mesmos desafios.”

Todas as temporadas internacionais de RuPaul’s Drag Race (com exceção da 1ª da Tailândia) estão disponíveis na plataforma de streaming WOW Presents Plus.

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